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Xbox Game Pass não dá muito lucro para a Microsoft

De acordo com o o chefe de marketing da divisão Xbox, financeiramente o Game Pass não tem sido um bom negócio, mas a aposta da Microsoft é a longo prazo

4 anos atrás

Com os assinantes adorando a ideia de ter acesso a uma grande quantidade de jogos e os diversos relatos de estúdios que afirmam ter visto a popularidade de suas criações aumentarem, eu sempre defendi que o Xbox Game Pass era vantajoso para todo mundo. O que eu estava ignorando nessa história era um lado muito importante desta equação, a Microsoft.

Xbox Game Pass

O que tem levantado dúvidas sobre o serviço de assinatura é o fato dele ser vendido por R$ 29/mês e custando R$ 10 a mais na sua versão Ultimate (Xbox One + PC + Live Gold), sendo comum vermos promoções em que a mensalidade pode ser adquirida por um mísero real. A pergunta que muitos se fazem então é: como é possível a empresa lucrar com preços tão baixos?

Pois ao participar de uma conversa com as garotas do canal What's Good Games, Aaron Greenberg tratou de tranquilizar as pessoas, dizendo que o Game Pass não lhes coloca em risco financeiro. Porém, o chefe de marketing da divisão Xbox admitiu que no momento o Game Pass não tem sido muito lucrativo para a gigante de Redmond.

Mas se vender assinaturas não tem dado muito dinheiro para a empresa, porque a Microsoft continua apostando tanto no Xbox Game Pass? A explicação dada pelo executivo para essa estratégia foi a seguinte:

É uma mentalidade diferente. Você pode dizer, ‘como podemos tirar o máximo de lucro de cada consumidor?’ Ou, pode colocar o oposto e dizer, ‘como agregaremos mais valor aos nossos fãs?’ ,‘como podemos realmente entregar mais valor?’ E se você faz isso, você conquista fãs para a vida. E se as pessoas sentem como se você estiver entregando mais valor, elas não somente continuarão usando o seu serviço, mas vão querer contar aos seus amigos sobre isso. Esse na verdade é o marketing mais poderoso; o marketing boca a boca.

[…] E, finalmente, nós pensamos que a longo prazo isso é a coisa certa para os negócios e que teremos benefícios a longo prazo. A curto prazo, sim, [o Xbox Game Pass] não é muito lucrativo, mas achamos que a longo prazo, ele funciona bem para todos.” 

Quando Greenberg fala sobre adicionar valor ao serviço, ele não está se referindo apenas a adicionar jogos constantemente ao catálogo. Um exemplo poderá ser visto em breve, quando os assinantes passarão a ter acesso — sem custo adicional — ao sistema de streaming que a Microsoft está desenvolvendo, o Project xCloud.

Então, o segredo aqui parece residir mesmo no conceito de conquistar o maior número possível de assinantes, para que assim a Microsoft consiga lucrar com a quantidade. Na teoria é uma estratégia muito boa, mas sabemos que o objetivo final é fazer com que o sistema de assinatura encha os cofres da empresa e se isso não acontecer, até quando eles continuarão esperando pela tal mudança a longo prazo?

Um exemplo disso pôde ser visto recentemente, quando a própria Microsoft decidiu encerrar as atividades do Mixer. O detalhe é que entre o anúncio e o fim do serviço tivemos apenas um mês para nos prepararmos e quem pode garantir que algo parecido não acontecerá com o Xbox Game Pass, caso ele continue sem dar muito lucro?

Quanto a isso só podemos especular, mas enquanto a empresa continuar oferecendo esse sistema de assinatura, serei um ferrenho defensor. A ideia de ter acesso a tantos jogos pagando tão pouco é um negócio excelente, ainda mais no momento em que o preço dos lançamentos tem subido tanto. A única coisa que não pode acontecer é títulos passarem a ser oferecidos apenas pelo Game Pass, sem termos a opção de comprá-los. Isso sim seria terrível.

Fonte: PCGamer

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