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Jogos clássicos: as franquias esquecidas pela indústria

Sem novos capítulos há muitos anos, relembre cinco jogos clássicos que seriam muito bem-vindos, tanto pelos antigos fãs quanto pelos jogadores mais novos

34 semanas atrás

A indústria de videogames costuma ser duramente criticada pela falta de ousadia, por os estúdios reciclarem ideias e/ou apostarem demais em continuações. Porém, há diversos jogos clássicos que ficaram perdidos no passado, títulos que conquistaram muitos jogadores e que poderiam muito bem receber continuações ou versões melhoradas.

Out Run - Jogos Clássicos

Crédito: Reprodução/Alaka/MobyGames

A maneira como as editoras tratam o passado nem sempre parece muito justo. Enquanto algumas franquias recebem novos capítulos frequentemente, muitas outras permanecem esquecidas. Mesmo com os contantes pedidos por parte dos fãs, essas empresas preferem deixar marcas poderosas guardadas no fundo de uma gaveta.

Vez ou outra até vemos algumas iniciativas interessantes, como aquela da Konami que buscou estúdios independentes para revitalizar algumas das suas propriedades intelectuais. No entanto, as gigantes costumam ser superprotetoras com os jogos clássicos e por não enxergarem em alguns deles o potencial para o sucesso, muitos seguem vivos apenas na nossa memória.

Por isso, resolvi lembrar alguns títulos que me divertiram muito e que me fazem lamentar estarem abandonados há tanto tempo. Evidentemente há muitos outros que poderiam ser listados aqui, mas acredito que esses cinco já servem para iniciarmos a conversa. Vamos lá!

Out Run

Out Run - Jogos Clássicos

Crédito: Reprodução/FatherJack/MobyGames

Provavelmente a minha primeira paixão quando se trata de jogos de corrida, conheci o Out Run (ou como prefiro, OutRun) no Mega Drive e posso dizer que foi amor à primeira vista. Tudo naquele jogo era fantástico: a sensação de velocidade, os gráficos coloridos, a jogabilidade simples, mas extremamente divertidas, e principalmente, aquela fantástica trilha sonora!

Mesmo sendo considerado um dos jogos clássicos mais influentes de todos os tempos e recebido algumas continuações, o último lançamento ocorreu lá em 2009, com o OutRun Online Arcade, para Xbox 360 e PlayStation 3.

Num mundo ideal, a Sega colocaria o pessoal da Sumo Digital para trabalhar num novo jogo, talvez até com ele se passando num enorme mundo aberto. Porém, eu já me daria por satisfeito se eles anunciassem uma remasterização do fantástico OutRun 2006: Coast 2 Coast.

Phantasy Star

Phantasy Star - Jogos Clássicos

Homenagem ao Phantasy Star 2 (Crédito: Reprodução/Orioto/ArtStation)

Alguém poderá questionar a presença desta série na lista, afinal o Phantasy Star Online 2: New Genesis está por aí, firme e forte. No entanto, aquilo que eu realmente gostaria de ver é o lançamento de um Phantasy Star V, com o jogo funcionando como um típico single-player.

Como não custa sonhar, seria muito legal se tal desenvolvimento ficasse sob a responsabilidade da Monolith Soft, mas caso a Sega não quisesse passar a bola para uma empresa externa, talvez a Atlus conseguisse nos entregar um ótimo jogo.

Tendo sido a porta de entrada para muita gente ao mundo dos RPGs, nunca consegui entender muito bem o motivo para a série principal ter sido deixada de lado.

Mercenaries

Crédito: Divulgação/Pandemic Studios

Tudo bem, talvez a série Mercernaries nem mereça estar ao lado dos jogos clássicos citados aqui, mas tenho certeza de que eu não fui o único e me divertir muito com ela. Começando pelo Playground of Destruction (PS2 e Xbox) e continuando com o World in Flames (PC, PS2, PS3 e Xbox 360), o caos que podíamos causar em ambos era algo que eu achava muito legal.

Principalmente no segundo jogo, eu adorava bolar as maiores estratégias para concluir as missões, mas confesso que em boa parte das vezes o resultado eram grandes construções sendo demolidas e um show pirotécnico capaz de deixar até o Michael Bay com inveja.

Com a tecnologia atual, um terceiro Mercenaries poderia ser ainda mais divertido, além da possibilidade de servir como uma bela demonstração de cenários plenamente destrutíveis — mas também se tornar um grande devorador de recursos e ser apontado como um novo Crysis.

Black & White

Crédito: Reprodução/Silverblade/MobyGames

Por mais que eu tente esquecer aquela que considero a obra-prima de Peter Molyneux, nunca aceitarei o fato dela ter sido abandonada. Brincar de deus naquele jogo de estratégia foi algo que me entreteve por muito tempo e quando uma continuação foi lançada, tive certeza de que havia nascido ali uma franquia que duraria por anos e anos. Eu estava errado.

Além de um terceiro capítulo nunca ter sido criado, mesmo o acesso aos dois primeiros hoje em dia é muito difícil, já que eles não estão disponíveis à venda digitalmente e a Electronic Arts nunca deu sinais de que isso poderá mudar.

Outro detalhe estranho sobre a série Black & White é que, por mais que tais jogos indicassem que seriam muito influentes com o passar do tempo, não lembro de ter jogado nada parecido com eles desde então. Talvez esteja na hora de algum estúdio indie anunciar um sucessor espiritual.

Tenchu

Tenchu - Jogos Clássicos

Fanart para a série Tenchu (Crédito: Reprodução/Dawid Jasiorski/ArtStation)

A primeira vez que vi o Tenchu: Stealth Assassins rodando num PlayStation, percebi que ali estava um jogo muito divertido e bem diferente de tudo o que existia até então. Na pele do ninja Rikimaru tínhamos que fazer o possível para não sermos detectados pelos inimigos, enquanto utilizávamos vários itens para concluir as missões.

Desenvolvido pela Acquire e lançado em 1998, aquele jogo agradou tanto que permaneceu como o maior sucesso comercial do estúdio por 20 anos, marca batida com o lançmento do Octopath Traveler. Isso obviamente abriu espaço para algumas continuações, oito para ser mais preciso, mas a última vez que vimos um capítulo da franquia foi em 2008, com o mediano Tenchu: Shadow Assassins.

Para quem gosta do estilo, uma boa opção é a série Aragami, produzida pela Lince Works e que apesar do segundo jogo não ter entregado uma qualidade inferior ao antecessor, eles conseguiram matar um pouco da vontade de um retorno de Rikimaru.

Quem sabe um dia não vejamos um novo Tenchu, com os gráficos atuais e a utilização de ray-tracing podendo deixar a furtividade ainda mais interessante.

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