Emanuel Laguna 4 anos atrás
Na terça-feira (29/01), a Apple apresentou o relatório financeiro do primeiro trimestre fiscal de 2019 (Q1 FY 2019), período que correspondeu ao quarto trimestre civil do ano passado, abrangendo os meses de outubro a dezembro e excluindo os dois dias finais de 2018.
Vamos aos números:
RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE | |||
Período → | Q1 FY 2018 (outubro a dezembro de 2017) |
Q1 FY 2019 (outubro a dezembro de 2018) |
Diferença |
Receita | US$ 88,29 bilhões | US$ 84,31 bilhões | – 4,5% |
Lucro | US$ 26,27 bilhões | US$ 23,35 bilhões | – 11,11% |
Haters, comemorem: a Apple vai falir! Agora sério: a Maçã de Cupertino já esperava por um resultado negativo nas festas de fim de ano, tanto que passou a não mais revelar os números de vendas dos principais produtos, apenas a receita deles.
Então vamos ao sumário de receitas por setor:
SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE | |||||
Período → | Receita Q1 FY 2018 |
Receita Q1 FY 2019 |
diferença em relação a Q1 FY 2018 |
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iPhone | US$ 61,1 bilhões | US$ 51,98 bilhões | – 14,92% | ||
iPad | US$ 5,76 bilhões | US$ 6,73 bilhões | + 16,84% | ||
Mac | US$ 6,82 bilhões | US$ 7,42 bilhões | + 8,79% | ||
Serviços | US$ 9,13 bilhões | US$ 10,88 bilhões | + 19,17% | ||
Outros produtos | US$ 5,48 bilhões | US$ 7,31 bilhões | + 33,39% | ||
TOTAL: | US$ 88,29 bilhões | US$ 84,31 bilhões | – 4,5% |
Com basicamente 15% de queda, é simplesmente nítido que a receita dos iPhones caiu muito logo no melhor período de vendas da empresa. Aparentemente cobrar entre 800 e mais de mil dólares pelos novos iPhones XS e XR não compensou tanto assim. Especialmente nos mercados em desenvolvimento ou emergentes como o nosso Brasil.
“Amiga, quem é esse aí, hein?” (crédito: 9 to 5 Mac)
Tá, mas o Brasil não é ninguém nem para a Apple, o lance aqui é a China: no País do Meio a demanda pelos novos smartphones da Maçã foi muito menor que o esperado. Junte isso à flutuação do câmbio de várias moedas e pronto. Não à toa a Apple nem vai mudar a fabricação para os EUA, por mais que o Mr President Trump se zangue.
Em entrevista à Reuters, Tim Cook disse que a Apple iria repensar em como precifica os iPhones pelo mundo. Isso significa que o preço do cobiçado smartphone deixaria de ser 100% atrelado ao dólar norte-americano em países onde a flutuação da moeda local foi maior, adequando o preço à realidade local. Na prática, China. Em sonho, talvez no Brasil a empresa dê um desconto de mil reais no iPhone XR quando este ficar “velho”. E olhe lá.
No mais, é interessante ver como o bom desempenho dos novos iPads Pro pode ter afetado positivamente a receita dos iPads em geral, mesmo com aquele lance do entortamento. O tio Laguna não arriscaria pagar tão caro por algo que parece entortar até na caixa. E já estou bem servido com o meu velho iPad mini 3.
Fonte: 9 to 5 Mac.