Ronaldo Gogoni 5 anos atrás
Pouco mais de um mês depois de anunciar os novos iPhones XS, XS Max e XR e o Apple Watch Series 4, a Apple abriu mais uma vez sua sacolinha para revelar nesta terça-feira (30) novos produtos para seus consumidores. As novidades da vez são o iPad Pro com Face ID e bordas mais finas, um MacBook Air com Display Retina e um mais potente Mac mini, após quatro anos sem novas versões.
Confira aqui tudo o que foi apresentado:
Confirmando todos os vazamentos, o novo iPad Pro segue o design dos novos iPhones e elimina de vez o botão Home. O modelo menor salta de 10,5 para 11 polegadas, mantendo as proporções enquanto o de 12,9 tem uma mesma tela, mas o corpo ficou sensivelmente menor. O display é o mesmo LCD presente no iPhone XR, com a resolução de 2.388 x 1.688 pixels no modelo menor, mantendo a proporção de 264 ppi.
Uma das novidades foi a remoção do conector Lightning: a Apple dá indícios que está cedendo a pressões externas e equipou o iPad Pro com uma porta USB-C, o que o torna compatível com displays externos e permite até carregar um iPhone on the go. Assim, a maçã sinaliza que muito provavelmente o Lightning não será mantido em futuras gerações de seus dispositivos móveis, até para manter sua imagem de empresa verde.
As bordas finas nas laterais e a remoção do botão Home permitiu que o novo iPad Pro ficasse ainda mais fino: o tablet agora ostenta um corpinho de apenas 5,9 mm de espessura, uma redução geral de até 25% no volume em ambos modelos. As bordas permitem inclusive a inclusão dos sensores TrueDepth para o Face ID sem a necessidade de um notch, com a câmera FaceTime fora da área da tela.
Na parte dos acessórios, a nova capa-teclado suporta dois ângulos de uso e a Apple Pencil recebeu um novo design sextavado de melhor pegada e obviamente também perdeu o conector Lightning, passando a contar agora com carregamento via indução. Demorou, mas Cupertino reconheceu que espetar a caneta no iPad para carrega-la era uma ideia idiota.
Por dentro, o novo iPad Pro utiliza o novo processador Apple A12X Bionic, um chip octa-core desenvolvido pela TSMC (Samsung quem?) em um processo de litografia de sete nanômetros, assim como o A12 dos novos iPhones, ostentando uma GPU de sete núcleos.
Segundo a Apple, este tablet conta com mais de 10 bilhões de transístores, que entregam um desempenho superior a 92% dos notebooks disponíveis no mercado. Quando comparado com o iPad Pro anterior, o novo chegaria a um desempenho 35% maior em operações single-core e 90% maior em multi-core, e a GPU é duas vezes mais potente. Na parte do som, o novo iPad Pro conta com quatro alto-falantes, com tweeters e woofers para uma experiência mais nítida e fiel.
A pré-venda do iPad Pro já começou nos Estados Unidos; ele chega ao mercado no dia 07 de novembro mas ainda não há uma data definida para o mercado brasileiro. No entanto, a Apple Brasil já revelou os preços.
Estes são os valores do modelo de 11 polegadas:
E estes são os preços do modelo de 12,9 polegadas:
O iPad Pro de 10,5" passa a custar a partir de R$ 5.399 na versão de 64 GB e Wi-Fi, enquanto a geração anterior do modelo de 12,9" foi descontinuada.
O novo modelo do MacBook Air ganhou finalmente um Display Retina de 13,3 polegadas, com resolução de 4 milhões de pixels e bordas bem mais finas, o que o tornou menor e mais compacto. Ele também recebeu o Touch ID, na forma de um sensor no canto superior direito do teclado e gerenciado pelo chip Apple T2.
Na parte de entradas, a Apple oferece apenas duas portas Thunderbolt 3 para dados e energia, introduzindo o suporte a monitores 5K e placas de vídeo externas, além da saída P2 para fones de ouvido tradicionais.
O teclado utiliza a 3ª geração do controverso design borboleta nas teclas, que irritou muita gente ao longo dos anos, mas segundo a Apple, o conjunto está mais robusto e menos sujeito a danos. O TouchPad, agora 20% maior suporta Force Touch e mais silencioso, enquanto os alto-falantes provém um volume 5% maior, equipado com três microfones e câmera Face Time HD para chamadas em áudio e vídeo. O conjunto está ligeiramente mais silencioso, o que é uma coisa boa.
Por dentro, a Apple utilizou processadores Intel Core i5 de 8ª geração, 8 ou 16 GB de memória RAM, um SSD de a partir de 128 GB e uma bateria que suporta até 12 horas de navegação em Wi-Fi e até 13 horas de reprodução de vídeo. Tudo num conjunto 17% menor que a geração anterior, com apenas 15,6 mm de espessura na extremidade mais larga e 1,25 Kg de peso.
A pré-venda do MacBook Air já está disponível, e ele chegará às lojas no dia 07 de novembro nos Estados Unidos; a versão com Core i5, 8 GB de RAM e 128 GB de memória Flash custa R$ 10.399,00, com opção de aumentar a RAM para 16 GB e o espaço interno até 1,5 TB. Ainda não há data de lançamento para o Brasil.
O outrora Mac acessível da Apple foi atualizado pela última vez em 2014, e muita gente esperava pela nova versão. Este novo Mac mini, entretanto veio com foco em performance, com opções de processadores quad e hexa-core e suporte de até 64 GB de RAM DDR4, de 2.666 MHz.
Felizmente, a Apple voltou atrás em uma decisão idiota: o pequeno desktop volta a contar com duas entradas SO-DIMM para os pentes de memória, mas por outro lado, ele conta com o armazenamento interno soldado à placa-mãe, não mais suportando discos físicos provavelmente por questões de design e espaço interno.
Diferente do modelo de 2014, o novo Mac mini não possui nenhum conector SATA ou M.2; assim, o usuário deve escolher quanto armazenamento deseja no ato da compra, entre 128 GB e 2 TB e estar ciente que só poderá expandir o espaço com HDs ou SSDs externos.
O hardware do novo Mac mini suporta processadores Intel de 8ª geração Core i3, i5 ou i7, além de contar com quatro portas Thunderbolt 3, duas USB Type-A tradicionais, uma saída HDMI 2.0 (a DisplayPort dançou) e uma Ethernet Gigabit. O design é o mesmo das últimas gerações, compacto e em teoria, fácil de realizar upgrades de RAM e tão somente.
A intenção da Apple é tornar o Mac mini uma opção para usuários avançados, que desejavam um dispositivo macOS menos caro, mas com configurações minimamente decentes para edição de áudio e vídeo. Até então este produto era visto como um Mac de entrada para o público geral, mas agora a maçã está claramente tentando empurrar tais consumidores para o iPad original.
E por isso mesmo os preços escalaram. O modelo mais simples, com um processador Intel Core i3 de 3,6 GHz, 8 GB de RAM e SSD de 128 GB custa R$ 6.999,00, e a versão com Core i5 de 3 GHz e 256 GB de armazenamento sai por R$ 9.399,00; o usuário pode equipa-lo com processadores Intel Core i7, até 64 de RAM e 2 TB de RAM por um valor obviamente bem alto, logo o Mac mini não é mais um hardware barato para curiosos.
A pré-venda do novo Mac mini já está disponível; ele chegará às lojas no dia 07 de novembro e de novo, ainda não há uma data de lançamento para o Brasil.