Carlos Cardoso 5 anos atrás
Que o Brasil Odeia Ciência não é novidade, isso está mais que exemplificado no antológico artigo do Pedro Burgos no Gizmodo, sobre a nossa vergonhosa participação e posterior expulsão da Estação Espacial Internacional, mas não paramos aí:
O tal acordo com a Ucrânia vem de 1995, do tempo do FHC e só foi acabar em 2015, graças à Dilma, isso temos que reconhecer. Só que… não acabou. Como nada neste país é feito pra dar certo, o acordo acabou mas a estatal criada para gerenciar o projeto, a Alcântara Cyclone Space, continuou aberta com quatro encos… — digo funcionários e instalações em Alcântara e Brasília.
Somando-se os custos de folha e infraestrutura, a tal estatal custa aos cofres públicos R$ 500 mil. POR MÊS.
Isso mesmo. QUINHENTOS MILES REALES BRASILEÑOS. Dizem que é por causa da Ucrânia que não quer fechar a empresa, mas cá pra nós… não cola.
Quanto ganhamos em expertise técnica com isso? Será que o projeto serviu ao menos para capacitar técnicos?
Bem, se o problema for se livrar do Jimmy Hoffa, estamos bem, pois o maior patrimônio da Alcântara Cyclone Space é… concreto. Isso mesmo, cimentaram uma área na base onde seria construída a plataforma de lançamento. São R$ 130 milhões em dívidas, principalmente para empreiteiras como a Odebrecht e a Camargo Corrêa, e ganhos um… cimentado.
Agora a Casa Civil da Presidência da República vai matar a empresa com uma canetada. Depois de TRÊS ANOS PARASITANDO O NOSSO DINHEIRO.
TRÊS ANOS. É de chorar. Sério, não dá. E pra piorar tem idiota sendo contra, dizendo que é “golpe” e “sucateamento”. Como se sucateia um cimentado?