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O motivo de mundos abertos e multiplayer nos jogos da EA? Monetização!

De acordo com ex-funcionário da BioWare, a EA só tem lançado jogos com mundos abertos e multiplayer porque desta forma é mais fácil monetizá-los. Mas será que a culpa é realmente deles por isso?

6 anos atrás

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E o fim da Visceral Games continua repercutindo. Na semana passada tivemos a declaração de um ex-funcionário do estúdio sobre como o desempenho comercial do Dead Space 2 não atingiu o nível que a EA desejava, o que por sua vez fez com que a sua continuação mudasse de estilo e investisse pesado nas microtransações. E de acordo com outro profissional que trabalhou numa subsidiária da Electronic Arts, tentar explorar a venda de itens nos jogos é algo que a editora tem adotado com força total, inclusive com a estratégia chegando a mudar o design dos títulos.

Isso definitivamente é algo interno na EA, eles geralmente forçam por mais jogos de mundo aberto e o motivo é que você pode monetizá-los melhor,” afirmou Manveer Heir, que trabalhou na BioWare. “A conversa por lá é ‘faça-os voltar de novo e de novo’.  Por que você se preocupa com isso na EA? O motivo para se preocupar com isso são as microtransações: comprar pacotes de cartas no Mass Effect, o multiplayer. É o mesma razão pela qual adicionamos pacotes de cartas no Mass Effect 3: como você faz as pessoas continuarem voltando para algo ao invés de ‘apenas’ jogar por 60 ou 100 horas?

Heir disse também que o custo de produção dos jogos subiu muito, passando dos US$ 100 milhões e que não existe espaço para bons jogos single-player lineares abaixo disso. Então, como editoras como a EA estão preocupados com o maior retorno possível e não com aquilo o que os jogadores querem, elas vão aonde o dinheiro está.

Para citar um exemplo, o game designer afirmou ter visto pessoas gastarem US$ 15.000 em cartas para o Mass Effect e enxergando ali um mercado muito promissor, a Eletronic Arts passou a incluir multiplayer em quase todos os seus jogos.

Como consumidor, é claro que eu odeio ver esse tipo de estratégia funcionando, principalmente por estar vendo as campanhas single-player se tornarem cada vez mais raras. Por outro lado, como crucificar uma empresa por ela estar correndo atrás do lucro com um método de monetização que a cada dia atrai um número maior de consumidores?

Basta olharmos para títulos como o GTA Online, League of Legends, Team Fortress 2 e tantos outros para vermos que as microtransações são um negócio cujo lucro pode vir de maneira muito menos arriscada do que investir dezenas de milhões num jogo single-player que não possui nenhuma garantia de sucesso. Tudo bem que nem todos conseguem ter o sucesso destes que citei, mas acho que antes de atacarmos os gigantes por estarem tentando encher seus cofres, deveríamos admitir que isso só acontece porque o público os sustentam.

Fonte: Eurogamer.

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