Carlos Cardoso 6 anos atrás
O tio Laguna provavelmente vai colocar uma lista de artigos onde já falamos do F-35:
<reservado para lista do Laguna>
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<De nada, that's my job.>
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Parece perseguição, mas o elefante branco voador do Pentágono não cansa de gerar manchetes, quase sempre negativas. Agora o POGO — Project On Government Oversight, uma ONG que fiscaliza projetos do governo dos EUA soltou um relatório sobre o F-35, o avião de um trilhão de dólares, e está sinistro.
Segundo eles o estado do projeto é de “desordem nacional”. As falhas são inúmeras. O software, que deveria ser a estrela do projeto e “dominar o espaço de combate” no final "interfere com a habilidade do piloto em sobreviver e prevalecer sobre o inimigo".
Sabe o capacete futurista do F-35? É o DAS — Distributed Aperture System, um negócio revolucionário, em teoria.
Ele projeta todas as informações de vôo no visor, assim para onde olhe o piloto está vendo os dados importantes. Alvos e outras indicações prioritárias são projetadas em realidade virtual: você olha pra baixo, vê o alvo através do chão do avião, graças ao capacete.
Na prática, um piloto não tem muita liberdade de movimentação: o capacete é pesado pra burro, custa US$ 600 mil e mostra tanta coisa ao mesmo tempo que muitos pilotos preferem desligar e usar os instrumentos convencionais.
Parte disso é culpa do software, que além de informação demais, tem o hábito de projetar alvos inexistentes ou sumir com alvos reais, o que é péssimo quando um MiG está na sua cola. Não que você tenha armas pra isso, dependendo da versão do F-35 você não tem software pra usar Sidewinders, mísseis por infravermelho pra combate em curta distância. Só sobram os AMRAAMs, não projetados pra isso.
O canhão? Calma, em 2019 ele deve funcionar, estão escrevendo um bacalhau pra isso.
Diz o relatório que pilotos classificaram o sistema de alvos do F-35 “operacionalmente inusável e potencialmente inseguro”.
Todo avião tem imprevistos em seu desenvolvimento, o F-35 só exagera. Na imagem um piloto ficou preso quando a cobertura do seu F-22 não quis abrir, decidiram meter a serra.
O sistema holográfico é inferior em resolução e alcance aos sistemas atuais. Se vários F-35 começam a trocar informações através do link digital seguro, alvos aparecem duplicados. Em combates de curta distância o F-35 perdeu pra um F-16 mesmo com o teste sendo maceteado: usaram um F-16 biplace, mais pesado, com tanques externos pra dificultar as manobras.
A lista de problemas é imensa e o relatório é assustador. Pior de tudo é que com o dinheiro já investido o F-35 se tornou um daqueles projetos grandes demais pra fracassar. Ele vai ser consertado remendado adaptado e os EUA vão ter que se virar com o que sair disso tudo.
A esperança é que o caça stealth chinês foi construído com dados kibados do F-35, então devem estar com os mesmos problemas.
Fonte: POGO.