Carlos Cardoso 7 anos atrás
O F-35 era pra ser o caça multifunção de nova geração que garantiria a superioridade aérea dos EUA pelas próximas décadas. No papel, a idéia era ótima: um avião versátil, customizável e usado em suas variações por todas as forças armadas dos EUA e seus aliados.
Na prática o custo total do programa já chega a US$ 1,3 trilhão e cada avião sai por mais de US$ 100 milhões. Um Sukhoi T-50 pode custar metade disso.
Pra piorar o F-35 não vai disparar canhões até 2019 por falta de software, perdeu de F-16 em combate simulado, tem um bug que impede de detectar alvos em formação, e pilotos baixinhos não podem voar nele por causa de problemas com o assento ejetor. Chega?
Chega não. Agora descobriram que o avião é vulnerável a raios, é mais pesado do que o planejado, e tem um bug no radar que gera um aviso de falha ou sinal degradado. A solução?
Desligar e ligar novamente.
Isso mesmo, a mesma solução que você usa com seu roteador de R$ 35,00; mas no caso é um avião de 100 milhões de dólares no meio de um combate com vários MiGs e o ISIS esperando pra trucidar quem for derrubado.
A Lockheed Martin diz que já achou o problema e vai soltar um bacalhau pra consertar, mas os militares perceberam outro problema: a performance geral do sistema de radar atual do F-35 é uma droga comparado com a versão anterior.
Mesmo consertado o bug o radar funcionando a 100% na versão 3 é pior do que era na versão 2, e a versão 4 só sai em 2020. O jeito é caprichar na diplomacia para evitar conflitos indesejáveis até lá.
Fonte: The Guardian.