Carlos Cardoso 9 anos atrás
Entre 1936 (quando o pessoal em Washington viu que o bicho ia pegar cedo ou tarde) e o fim da Guerra Fria projetos militares precisavam mostrar serviço. Não importava que fossem extremamente caros, desde que funcionassem.
Daí surgiram projetos como o P-38, o Projeto Jennifer, os satélites espiões com o filme sendo recuperado em pleno ar, e o Blackbird SR-71.
Depois disso, sem o perigo soviético a coisa virou bagunça. Projetos grandes foram bancados sem grandes preocupações de funcionalidade, o tal LCS — Litoral Combat Ship é uma classe de “baixa probabilidade de sobrevivência” em caso de conflito, o tal destroyer futurista Zumwalt, que seria melhor que a Enterprise (não O, A nave estelar) a um custo de US$ 3,96 bilhões por unidade se mostrou um fracasso, das 32 unidades planejadas 29 foram canceladas, uma foi construída e outras 2 estão enrolando.
O F-35, projetado para suceder o F-18 e se tornar o caça multi-missão dos EUA pelas próximas décadas, mas se tornou uma espécie de pato que voa (eu sei). Está sendo movido pra estágio operacional mesmo com bugs que impedem a detecção de alvos em formação, e esquecendo a lição aprendida no Vietnã o software de mira do canhão só estará pronto em 2019.
Agora, outra. Durante testes com o assento ejetor do F-35 a Martin-Baker, fabricante descobriu que o bicho é potente demais, e se o piloto tiver menos de 62 kg tem grandes chances de sofrer lesões de coluna caso precise usar o equipamento.
Ou seja: entre outros requisitos agora você não pode ser pequeno e leve para pilotar um F-35.
Os responsáveis estão tentando resolver o problema, enquanto isso pelo menos um piloto está impedido de voar. Deve ser o Maverick, claro. A moça da foto acima, a Tenente-Coronel Wilma Deering Christina Mau, primeira e por enquanto única mulher a pilotar o F-35 não foi afetada.
Sorry, baixinhos.
Fonte: Defense News.