Dori Prata 9 anos atrás
Quem aí se lembra do Everybody's Gone to the Rapture? Desenvolvido pela The Chinese Room, mesmo estúdio responsável pelo Dear Esther e que colaborou com o Amnesia: A Machine for Pigs, o jogo se tornou exclusivo do PlayStation 4 e me chamou a atenção por diversos motivos.
O principal deles evidentemente é a sua premissa, que colocará o jogador em um mundo aberto que está prestes a acabar. Isso por si só já dá espaço para uma narrativa muito interessante, mas o que me deixou muito curioso foi a revelação de que só teríamos uma hora para explorar o lugar, depois disso, fim! Teríamos que recomeçar outra partida e ver o que mais conseguiríamos descobrir.
Porém, o diretor da desenvolvedora revelou que eles desistiram da ideia, simplesmente porque ela estava estragando a experiência dos jogadores:
“Originalmente, quando começávamos uma partida teríamos uma hora para cada sessão de jogo,” explicou Dan Pinchbeck. “Seria mais ou menos como nos filmes Feitiço do Tempo e Meia-Noite e Um, onde temos apenas uma hora. Até onde você poderia ir? Quanto poderia explorar? Imagine-se lendo um romance e você estar dentro dele e 30 páginas antes do fim alguém se aproxima, tira-o das suas mãos e vai embora… É um conceito artificial que não necessariamente produz uma boa experiência de jogo.”
Sem ter jogado o Everybody's Gone to the Rapture acho difícil dizer se eles tomaram a decisão certa ou não ao abandonar o conceito, mas no papel ele sempre me pareceu muito interessante e penso que poderia ser responsável por nos entregar algo bem diferente do que estamos acostumados. O jeito agora é esperar que o modelo mais tradicional seja suficiente para nos manter entretidos, mas ainda tenho uma grande expectativa em relação a esse título.
Fonte: Eurogamer.