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iPhone como serviço — números da Apple tendem para as assinaturas

Apple revelou as finanças dos meses de julho a setembro: a empresa vem faturando cada vez mais com assinaturas e menos com hardwares como o iPhone.

4 anos atrás

A dona do iPhone apresentou esta semana o relatório financeiro do quarto trimestre fiscal de 2019 (Q4 FY 2019), período que correspondeu ao terceiro trimestre civil deste ano, abrangendo os meses de julho a setembro.

Vamos aos números:

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iPhone 11 Pro (crédito: Apple / divulgação)

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q4 FY 2018
(julho a setembro de 2018)
Q4 FY 2019
(julho a setembro de 2019)
Diferença
Receita US$ 62,9 bilhões US$ 64,04 bilhões + 1,81%
Lucro US$ 14,125 bilhões US$ 13,686 bilhões – 3,1%

Se o lucro caiu, a Apple vai falir. Agora sério: o valor desta baixa no lucro da Apple coincide com a compra da divisão de modems da Intel.

A receita aumentou levemente, para analisá-la vamos ao sumário de receitas da Apple por setor:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q4 FY 2018
Receita
Q4 FY 2019
diferença
em relação a
Q4 FY 2018
iPhone US$ 36,76 bilhões US$ 33,36 bilhões – 9,23%
iPad US$ 3,98 bilhões US$ 4,66 bilhões + 16,89%
Mac US$ 7,34 bilhões US$ 6,99 bilhões – 4,75%
Serviços US$ 10,6 bilhões US$ 12,5 bilhões + 18,04%
Outros produtos US$ 4,22 bilhões US$ 6,52 bilhões + 54,39%
TOTAL: US$ 62,9 bilhões US$ 64,04 bilhões + 1,81%

Assim como a Microsoft esconde os números do Xbox One, a Apple prefere não mais revelar quantas unidades vendeu de cada hardware, incluindo o iPhone.

Sendo assim, só podemos especular que embora os recentes iPhones 11 (Pro e Pro Max) tenham sido lançados na civilização dia 20 de setembro, esses 11 dias de vendas não conseguiram levantar o trimestre. Em outros anos, essa janela de uma a duas semanas no final levantava o trimestre graças à venda e pré-venda dos novos smartphones.

Tendências

A maior alta percentual foi a dos “outros produtos”, que compreendem vestíveis, acessórios e aparelhos como o HomePod. Entretanto, nada se compara à crescente receita dos serviços: se no Q4 FY 2018 ela representava 16,85% da receita total, agora responde por quase 20% (19,54%), um avanço anual de 15,9%. E a tendência do mercado parece ser a de ofertar cada vez mais o modelo de assinaturas, que o diga o streaming.

O tio Laguna entende que o hardware dos smartphones está se tornando commodity: têm sido cada vez mais sutis as diferenças entre os aparelhos para a maioria do público, mesmo ao comparar aparelhos recentes com alguns com mais de 2 anos de idade.

A empresa de US$ 1,1 trilhão me parece ter condições de popularizar o conceito do Programa de Atualização do iPhone para uma espécie de “iPhone como serviço”: troque de aparelho a cada dois anos mediante assinatura mensal. Se bem que com o Apple Card, o consumidor poderia até flexibilizar a parte do “mensal”.

Fontes: 9 to 5 Mac e Tech Crunch.

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