Emanuel Laguna 4 anos atrás
Na terça-feira (30/04), a Apple apresentou o relatório financeiro do segundo trimestre fiscal de 2019 (Q2 FY 2019), período que correspondeu ao primeiro trimestre civil deste ano, abrangendo os meses de janeiro a março.
Vamos aos números:
RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE | |||
Período → | Q2 FY 2018 (janeiro a março de 2018) |
Q2 FY 2019 (janeiro a março de 2019) |
Diferença |
Receita | US$ 61,1 bilhões | US$ 58 bilhões | – 5% |
Lucro | US$ 13,8 bilhões | US$ 11,6 bilhões | – 16% |
Assim como os videogames da Nintendo, podemos considerar os produtos da Apple como bens duráveis mas supérfluos. Calma, sou fã das duas mas convenhamos: só quem compra eletrônico caro entre janeiro e março é aquele povo que aproveita as promoções de fim de estoque ou mesmo está a substituir um produto danificado.
No caso da Nintendo, ao menos os lançamentos em software chamam a atenção; já a Apple… conseguiu inovar ao lançar um iPad “dobrável” antes do Huawei Mate X e aquele protótipo beta chamado Galaxy Fold.
De qualquer forma, vamos ao sumário de receitas da Apple por setor:
SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE | |||||
Período → | Receita Q2 FY 2018 |
Receita Q2 FY 2019 |
diferença em relação a Q2 FY 2018 |
||
iPhone | US$ 38 bilhões | US$ 31,1 bilhões | – 17,3% | ||
iPad | US$ 4,1 bilhões | US$ 4,9 bilhões | + 21% | ||
Mac | US$ 5,8 bilhões | US$ 5,5 bilhões | – 4,5% | ||
Serviços | US$ 9,2 bilhões | US$ 11,5 bilhões | + 16% | ||
Outros produtos | US$ 4 bilhões | US$ 5,2 bilhões | + 30% | ||
TOTAL: | US$ 61,1 bilhões | US$ 58 bilhões | – 5% |
O “crime” de cobrar entre 800 e mais de mil dólares pelos novos iPhones XS e XR não compensa: no primeiro trimestre civil de 2019 o povo preferiu comprar os smartphones menos caros da empresa. Ou simplesmente as vendas dos iPhones como um todo caíram. Antes de esconder os números de vendas, a tendência era de queda mesmo.
Antigamente o tio Laguna acreditava que a Maçã de Cupertino dominaria o mundo… (crédito: TechnoBezz)
A receita da venda dos iPads aumentou graças à grande diversidade de modelos — os novos contam inclusive com suporte ao Apple Pencil — e à obsolescência programada de tablets não tão antigos. O meu iPad mini 3 está uma bela carroça com o iOS 12.2. Até penso em trocar, mas o preço de um mais atual é mais que o dobro do que paguei. Vou seguir até onde puder e provavelmente migrarei para um tablet Windows 10. Comprei um KNote 5 da AllDoCube ano passado e o único defeito dele é pesar 1,5 kg.
Voltando à Apple: olhando friamente, o lucro do Q2 FY 2019 é basicamente igual à receita dos Serviços no mesmo trimestre. Vejo isso como uma tendência: no futuro, quem vai sustentar a Maçã de Cupertino serão os milhões de assinantes do Apple Music, Apple Pay, iCloud e afins. A Microsoft semana passada alcançou o valor do trilhão de dólares graças ao bom desempenho dos excelentes serviços — Azure, Office e Xbox que o digam.
Hoje, dia 1º de maio, a Apple voltou ao patamar do US$ 1 trilhão graças aos papéis valendo US$ 212,68 cada. E mesmo com a receita dos iPhones em queda. É um luxo estar e permanecer entre as Top 3, mas prefiro não mais colaborar muito: troquei a bateria do meu iPhone 6S de guerra (3,5 anos de uso) e vou postergar a compra de um novo smartphone até onde der.
Fonte: 9 to 5 Mac.
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