Ronaldo Gogoni 6 anos atrás
Parece que as informações acerca dos spin-offs do Venom e da Gata Negra e Silver Sable não fazerem parte do MCU não eram tão estranhas afinal: de acordo com a produtora e ex-chefe da Sony Pictures Amy Pascal, há grandes chances de o acordo entre a gigante japonesa e a Marvel Studios não ser perpétuo e findo o contrato, o Amigão da Vizinhança pode dar adeus às atuais produções.
Pascal, que atuou na produção de Homem-Aranha: De Volta ao Lar e também está escalada para a produção animada estrelada por Miles Morales deu uma declaração à mídia um tanto inesperada sobre o futuro do cabeça de teia: o acordo original entre a Marvel e a Sony previa pelo menos dois filmes estrelados pelo personagem, além de sua participação em pelo menos duas outras produções. Sabe-se que além de Capitão América: Guerra Civil e o filme que estreia neste ano, o teioso aparecerá em Os Vingadores: Guerra Infinita e terá uma continuação ainda sem nome definido ou data de estreia.
Segundo Pascal, depois disso o caminho natural da Sony seria tomar seu rumo e não dar sequência na parceria, algo que ela diz ser “algo completamente anti-natural” (dois estúdios trabalhando juntos) e que não deverá ser repetido. Resumindo a história, a gigante japonesa usou a Marvel como “boi de piranha” para se safar de uma possível complicação nas suas finanças, visto que a empresa sangra como louca graças às trapalhadas constantes da divisão mobile. Mesmo o PS4 vendendo como água não consegue colocar todas as contas em dia.
Uma das opções que a Sony Pictures tinha à época era vender os direitos do Aranha de volta para a Disney, mas no entanto preferiu fechar um acordo onde abria mão dos direitos de exclusividade mas mantinha os royalties, se livrando de ter que bancar a produção dos filmes e evitando assim perder os direitos sobre o personagem, já que ele foi utilizando antes do prazo de expiração. Dessa forma a Sony capitalizaria ao máximo, sanaria parte de seus problemas financeiros e uma vez novamente com folga, voltaria ela própria a produzir filmes do personagem à parte das produções da Marvel Studios, que não mais poderia utilizá-lo.
Ou seja, a Sony fez a Disney de trouxa.
O mais curioso nessa história é que apesar de ser a produtora do mais novo filme do cabeça-de-teia, Pascal não mais responde pela Sony Pictures e não está portanto em posição de afirmar categoricamente que esse é o caminho que o estúdio tomará. No entanto tal decisão não é tão alienígena assim, já que a companhia japonesa não cedeu os direitos totais de volta à Disney e em teoria pode muito bem puxar o carro e voltar ela própria a lançar os filmes com o personagem sem interferência. Ao mesmo tempo a Marvel se veria forçada a remover o Homem-Aranha do MCU, visto que não detém seus direitos cinematográficos.
É uma situação bizarra, mas quando há (muito) dinheiro em jogo qualquer coisa pode acontecer.
A distribuidora norte-americana GKids também está interessada em fazer dinheiro, como qualquer empresa. Ela vai promover sessões especiais com clássicos do diretor japonês Hayao Miyazaki, considerado um dos maiores e mais influentes animadores e cineastas da atualidade (e um engenheiro ocasional bem competente). Chamado de “o Walt Disney da animação japonesa” ele faz cinema e de gente grande, só que prefere empregar papel e nanquim para realizar seus filmes ao invés de utilizar atores (e isso é algo bem notório, visto que ele é um tecnófobo ferrenho).
A mostra de filmes do Studio Ghibli se estenderá por seis fins de semana, um por mês de junho a novembro e por enquanto é restrita aos Estados Unidos, o que é uma pena; ela responde apenas pela América do Norte e no Brasil os direitos de distribuição do estúdio são um tanto confusos, variando de filme para filme o que inviabiliza tal iniciativa de grande porte.
As datas e produções são as seguintes:
É uma pena apenas que a distribuidora não incluiu Porco Rosso, o filme que é uma carta de amor à aviação, uma das paixões de Miyazaki:
Seria interessante de a GKids ou outra produtora procurasse fazer o mesmo aqui, já que tais produções merecem ser vistas e revistas; e a possibilidade de aprecia-las no cinema é ainda melhor.
Fontes: Cosmic Book News e Polygon.