Emanuel Laguna 8 anos atrás
O tio Laguna é colecionador ocasional de filmes em mídia física: tenho uma razoável coleção de DVDs e Blu-rays que fui comprando com as promoções e descontos que apareciam. Eu até comprava os discos antes de comprar os aparelhos.
Os early-adopters que moram lá nos Estados Unidos, neste início de 2016, talvez façam o contrário: poderão comprar os players Blu-ray 4K bem antes de os discos chegarem ao mercado.
Enquanto a primeira leva confirmada de discos Blu-ray 4K chegará dia 1º de março (thanks FOX), algumas lojas lá na civilização já começarão a entregar os aparelhos amanhã, dia 10 de fevereiro. Mais especificamente o Samsung UBD-K8500, o UHD-BD player apresentado na IFA 2015.
Não se sabe o motivo da pressa em vender os aparelhos duas semanas antes da chegada dos primeiros discos: o único conteúdo em 4K disponível para o aparelho no momento são serviços de streaming como a Netflix e Amazon Prime Video. Se bem que tal recurso já está presente em algumas Smart TVs 4K.
Gastar 399 dólares por um player de Blu-ray 4K no momento é pra quem quer um aparelho novo que rode os velhos BDs, Blu-rays 3D, DVDs e CDs. O tio Laguna só recomenda importar no caso de você ter dinheiro sobrando e não ligar para o fato de o aparelho ser um reprodutor de DVDs região 1.
Sim, o Blu-ray 4K não tem a palhaçada de regiões dos formatos antecessores, mas é bom lembrar que felizmente estamos na região A do Blu-ray (engloba todo o continente americano) e infelizmente na região 4 do DVD (com o restante da América Latina). Quem tiver boa coleção de DVDs que se prepare para passá-la para frente.
Ou não. Enquanto 2016 será o ano do UHD-BD na civilização, no Brasil 2016 será o ano do DVD.
Não, você não leu errado: algumas distribuidoras estão desistindo do velho formato Blu-ray no Brasil. Pirataria, grande oferta de streaming (inclusive pirata), o tradicional desrespeito ao mercado colecionador e alta do dólar fizeram com que Universal e Disney ou diminuíssem a qualidade dos lançamentos em Blu-ray ou só oferecessem no mercado de home video brasileiro a versão DVD de determinados títulos, títulos estes cujo BD tem legendas e/ou dublagem em português noutros mercados.
Alguns desses BDs com nosso idioma como opção foram autorados como region-free ou mesmo região A, o jeito quase sempre foi importar. Boa parte do meu acervo de Blu-ray foi importada.
Problema: cada UHD-BD custará inicialmente de 30 a 40 dólares. Converta para real e chore. Se no velho Blu-ray as distribuidoras no Brasil já faziam um trabalho de porco a medíocre, vão preferir desistir mesmo. Nicho.
Fonte: Engadget.