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História é mais importante que a jogabilidade?

Para fundador da Ninja Theory, história prende mais que uma boa jogabilidade.

14 anos atrás

dori_hea_28.07.10

Com o passar do tempo os jogos deixaram de ser apenas um conjunto de quadrados movendo-se pela tela e ganharam roteiros elaborados e personagens complexos. O problema é que para muita gente essa atenção da indústria acabou fazendo com que os desenvolvedores se preocupassem com a diversão e por esse motivo, os games perderam aquele impacto que causavam quando jogávamos títulos simples mas extremamente viciantes.

Ao falar sobre o assunto, o co-fundador da Ninja Theory, Tameem Antoniades, disse que atualmente uma boa história é mais importante para um jogo do que a sua jogabilidade, já que ela é responsável por prender os jogadores.

No Heavenly Sword eu pensei, ‘Tudo bem, vamos tentar fazer uma história.’ Trabalhando com Andy [Garland, roteirista de cinema] e todo o pessoal, trabalhando com Weta e tendo pessoas para conversar sobre o enredo como algo sério – não jogar algo como nós fazemos nos games – foi algo que me abriu os olhos. Ainda vejo algum preconceito, na verdade. Ainda encontro muitas pessoas que dizem ‘isso é um jogo, não precisa de história.’ Você está tentando criar um ponto particular no enredo, tentando melhorá-lo e alguém diz ‘é só um jogo, isso não importa.’ O que é mais importante – a jogabilidade ou o enredo? Se você está fazendo um jogo com história, tem que ser a história.”

Então Antoniades cita como exemplo o modo Mercenaries do Residente Evil 4, cuja missão é eliminar uma quantidade de zumbis num curto espaço de tempo e que para ele, ao contrário da campanha principal, embalada por um bom enredo, não desperta interesse dos jogadores por muito tempo. “Há algo, há uma importância. Existe uma simbiose ali, se você fizer corretamente, tanto a história quanto a jogabilidade podem ser melhoradas, mas é realmente difícil saber quando você está fazendo da maneira certa”, concluiu o game designer.

Como sempre fui um apaixonado por boas histórias, não tenho como discordar do sujeito. Quantas vezes já não me vi preso a jogos medianos mas que continham enredos bem montados e que me faziam jogar mais um pouco só para ver o que iria acontecer adiante. Contudo, acho que o segredo mesmo está num bom equilíbrio.

[via Videogamer]

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