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Halo: ODST, não tão bom, mas longe de ser ruim

14 anos atrás

Depois de passar por toda a campanha do Halo: ODST, cheguei a conclusão de que tenho uma relação de amor e ódio com a franquia. Mesmo sem nunca ter entendido o motivo pelo qual tantas pessoas idolatram os jogos criados exclusivamente para a Microsoft pela Bungie, é difícil não reconhecer suas qualidades.

Sobre o último jogo da franquia, ele nos coloca na pele de alguns integrantes de um grupo de elite que deve vir à Terra buscar um artefato de extrema importância que interessa aos Covenants. A grande sacada da produtora é contar a história através de flashbacks, cruzando o caminho da equipe com o do personagem principal, que se perdeu e é chamado apenas de novato. O problema é que mesmo sendo interessante, o enredo não possui um momento brilhante e acaba se arrastando durante as pouco mais de 6 horas que o jogo dura.

Ainda nesse aspecto, gostei da trama paralela contada através dos arquivos de áudio encontrados ao longo dos estágios, que diga-se de passagem são poucos, já que são reaproveitados durante os flashbacks.

dori_odst_22.03.10

Em relação aos gráficos, é fácil notar a dedicação dos criadores quanto a direção artística, muito boa e Trocar tiros com alienígenas pelas ruas de Nova Mombasa é algo bacana, tornando a aventura mais verossímil, porém, é difícil não sentir que estamos jogando um game da geração passada.

A engine usado na série mostra estar muito atrás de outros títulos do Xbox 360 e a baixa qualidade das texturas, a repetição de elementos no cenário e os personagens pobres visualmente dificilmente agradará os jogadores.

Felizmente a parte sonora se sobressai, com ótimas músicas, efeitos sonoros convincentes e um trabalho de dublagem excelente, todo em português do Brasil (mas só na versão lançado por aqui).

dori_odst_22.03.10-2 A jogabilidade também não traz grandes inovações, apenas deixando o jogador mais fraco, já que dessa vez não estamos controlando um Spartan como Master Chief. As armas também não trazem muitas novidades, aumentando ainda mais aquela sensação de algo requentado presente em todo o jogo.

Após ler essas palavras, você deve estar pensando que Halo: ODST é um jogo ruim, que não mereça o investimento, o que não poderia estar mais errado. Mesmo longe de causar impacto naqueles que já jogaram outros FPSs no console ou de brilhar por trazer idéias revolucionárias, o jogo é divertido e consegue nos prender durante toda a aventura principal.

No fim, continuo não sabendo porque gostei dos jogos da franquia que joguei, mesmo achando que quase todos os seus aspectos (enredo, personagens, inimigos, jogabilidade, gráficos) são inferiores a de muitos outros FPSs. Mesmo assim, certamente terei vontade de jogar o Halo: Reach quando ele for lançado e quando o fizer, provavelmente me perguntarei porque tantas pessoas idolatram a franquia.

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