Carlos Cardoso 5 anos atrás
Talvez o único calcanhar de Aquiles dos carros elétricos seja o tempo de recarga. A concorrência com gasolina é desleal, vide o tempo de abastecimento na Fórmula 1. Ou no posto da esquina. Reações eletroquímicas geram calor, ou seja: atuche muita energia de uma vez e sua bateria pega fogo.
Um Tesla X, para “encher o tanque” e atingir autonomia de 482 km precisa ficar espetado num carregador de 100 kWh por 6 horas e 33 minutos. Se for uma tomada comum, esse tempo chega a 11 horas e 51 minutos.
Ou seja: se você chegar em casa com pouca energia e esquecer de ligar o carregador durante a noite, esqueça ir trabalhar de carro no dia seguinte.
Para amenizar esse problema a Tesla criou os Superchargers, uma rede de estações de recarga com capacidade de até 120 kW, isso permite que você consiga 270 km de autonomia com meia-hora de recarga.
Inicialmente os Superchargers eram grátis pra todo mundo, agora os novos Teslas ganham 1.600 km de carga por ano. Mais que isso há cobrança, mas é bem em conta ainda. São 7.496 estações, que não são o suficiente. Para acabar com o hábito de gente que transforma o Supercharger em estacionamento, o sujeito que deixar o carro com 100% de carga parado paga US$ 0,40 por minuto.
Só que isso não vai ser o suficiente com o monte de carros que a Tesla pretende colocar no mercado, e pra piorar ela percebeu que tem um monte de gente que usa o carro de forma comercial abastecendo nos Superchargers.
Em outras palavras: Elon Musk está subsidiando motorista de Uber. E Elon Musk não subsidia ninguém.
Carros de frotas de empresas, gente que faz carreto, Lyfts, todo mundo está de sobreaviso.
O aviso foi dado, e de 17 de dezembro em diante (ontem) vão monitorar os padrões de uso e alertar os motoristas que estiverem abusando do serviço. Caso não mudem serão bloqueados do sistema. Sim, a Tesla pode fazer isso.
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