Carlos Cardoso 6 anos atrás
Não é mostrado em Westworld, mas é perfeitamente razoável imaginar que a Dolores, quando não está rodando seu programa básico e reencenando Custer's Revenge em altíssima resolução, está cuidando de afazeres domésticos: robôs foram criados para realizar as tarefas chatas e repetitivas que ninguém quer fazer, e isso não inclui apenas sexo com a gente, lavar louça também faz parte.
Desde os primórdios, quando robôs ainda eram exclusivamente residentes no campo da ficção científica, eles já eram vistos como ajudantes em nosso dia-a-dia. E isso é bem anterior à Rosie dos Jetsons.
Na prática, claro, isso nunca aconteceu e não acontecerá tão cedo. As tarefas simples do dia-a-dia são complexas demais para robôs, é preciso flexibilidade e destreza motora de uma forma que ainda não existe em equipamentos mecânicos. Mesmo os trabalhos simples como aspirar o chão, popularizados com os Roombas, se tornam pesadelos quando o robô não é inteligente o bastante para perceber que passou por cima de um cocô de cachorro e esmerdalhou a casa toda (vou poupar vocês das imagens).
Isso não impede o pessoal da Universidade Carlos III, de Madrid, de tentar.
Eles criaram um robô chamado TEO, e escreveram um software de controle que consegue identificar amarrotados no tecido. Ele usa um ferro comum, o que foi exigência do projeto, senão convenhamos ele viraria uma passadeira automática.
O problema aqui é que o robô não é flexível. Ele é extremamente lento, e se o ferro estivesse ligado no vídeo de demonstração ele colocaria fogo no laboratório, dado o tempo que leva para tirar a base aquecida do contato com o tecido.
Também não mostram como ele gira a roupa na tábua, para passar os outros lados. Minha suspeita é: não gira. Você precisará ficar de babá pro robô durante as 47 horas que ele deve levar pra passar uma camisa.
Fonte: Digital Trends.