Dori Prata 6 anos atrás
Ser um apaixonado por games hoje em dia é algo complicado. Ao mesmo tempo em que é ótimo termos uma enorme quantidade e jogos à nossa disposição, isso faz com que não tenhamos muito tempo para aproveitar tantos títulos e se somarmos isso a jogos multiplayer cujos servidores não permanecem ligados por muito tempo, a sensação é de que boa parte dos lançamentos possuem um prazo de validade.
Porém, existem algumas obras que parecem conseguir fugir desse padrão, permanecendo relevantes e principalmente, bastante adoradas mesmo muito tempo depois de terem chegado ao mercado. E talvez não seja coincidência que dois exemplos nesse sentido tenham sido feitos pela mesma empresa, a Bethesda.
Apontado por muitos como alguns dos melhores jogos dos últimos tempos, de acordo com o diretor Todd Howard tanto o The Elder Scrolls V: Skyrim quanto o Fallout 4 ainda contam com milhões de pessoas que seguem jogando-os, algo pouco comum para títulos que foram lançados em 2011 e 2015, respectivamente.
É verdade que no caso do Skyrim boa parte do interesse pelo jogo foi ressuscitado graças a versão remasterizada lançada recentemente, mas acho que de nada adiantaria se o jogo não possuísse muita qualidade e acima de tudo, uma quantidade de conteúdo absurdamente grande, fazendo com que seja praticamente impossível alguém experimentar tudo o que ele tem a oferecer.
Isso por sinal é o que Howard considera como uma das principais característica do Skyrim, que é a possibilidade do jogador experimentá-lo da maneira como quiser e é o inverso do Fallout 4, que tem uma história menos aberta. Ele também aproveitou para falar um pouco sobre o futuro da narrativa em suas criações.
“Como contaremos uma melhor história em um mundo aberto? Com cada um dos nossos jogos tivemos sucessos e falhas, e se nos perguntar internamente, temos novas ideias sobre o que queremos explorar no futuro, porque sentimos como se não tivéssemos descoberto realmente um caminho que gostaríamos.”
Pois esse parece ser mesmo um grande desafio para quem trabalha com jogos de mundo aberto, algo que os envolvidos com a criação do The Legend of Zelda: Breath of the Wild afirmam ter resolvido e que nos próximos dias descobriremos se é verdade.
Mas quanto ao The Elder Scrolls V: Skyrim e o Fallout 4, acredito que o grande mérito da Bethesda é mesmo a sua habilidade em criar mundos extremamente imersivos, lugares dos quais não queremos sair após os visitarmos pela primeira vez. Além disso, numa época em que as desenvolvedoras tentam empurrar goela à baixo modos multiplayers totalmente desnecessários, fico feliz por ver que ainda existe vida (e pós-vida) no bom e velho single-player.
Fonte: Gamespot.