Carlos Cardoso 6 anos atrás
Há muito o que se dizer sobre Donald Trump, mas se você ainda tinha dúvida sobre esse cidadão, prepare-se para um fato: ele adora Android. Isso mesmo, o sujeito que está chantageando a Apple para abrir fábricas nos EUA não vive sem o seu Samsung, e esse é um grande problema.
Nós já vimos esse filme antes: quando saiu a notícia de que a NSA estava espionando comunicações de líderes mundiais, inclusive do Brasil, todo mundo achou que a culpa era nossa, incompetência natural do brasileiro, mas nem foi o caso.
O CEPESC Centro de Pesquisas e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações desenvolve equipamentos de criptografia para o governo desde 1975, e a presidência recebeu celulares com criptografia pesada, mas eram complicados de usar. Nas palavras do então Ministro das Comunicações Paulo Bernardo:
“Todos os ministérios têm um telefone criptografado e recebemos periodicamente ligação dos técnicos encarregados, para ver se estão funcionando. A presidente da República nunca me ligou por um desses telefones. Ela liga no meu celular e às vezes eu levo uma bronca porque faltou uma informação…”
Isso mesmo, a Dilma não usava o telefone criptografado, preferia o celular comum.
Donald Trump, assim como Obama, foi forçado a abrir mão de seu amado Samsung e usar um celular criptografado que não manda SMS, nem acessa Twitter, Facebook, nada. Os tweets são enviados de um iPhone de um assessor.
Trump assim como Obama era obrigado a usar um BlackBerry modificado, mas o Donald é rebelde, e já há sinais de que não será tão simples manter a segurança operacional das comunicações presidenciais. Aparentemente ele gosta de assistir TV de noite mexendo em seu bom e velho Android.
Dado que avançada técnica de engenharia social com Trump é mandar um link e dizer “Clica se tu é homem”, as chances desse Android ser comprometido são acima de 100%, e isso é ruim.
No caso da Dilma, que se dane, o Brasil é irrelevante no Grande Esquema das Coisas: o máximo que um vazamento dela conseguiria seria gerar climão com a Argentina ou irritar o Uruguay, já o Trump é diferente.
Ele detém poder demais, conhecimento demais para usar um celular comercial. Se políticos versados em segurança operacional já deram com a língua nos dentes, imagine um sujeito que adora perder uma chance de enfiar o pé na boca?
Fonte: Tech Cruch.