Carlos Cardoso 7 anos atrás
Em um dos filmes do Aranha o planador do Duende Verde era mostrado como um protótipo de veículo militar. Meio de transporte oficial do vilão, o planador é um clássico desde o tempo em que ainda era um cabo de vassoura voador (sério).
Assim como jetpacks era algo que demandava energia demais, era instável demais e por isso fora um ou outro protótipo limitado, permanecia no campo da Ficção Científica. Até estes caras aqui aparecerem:
Como assim, Bial, décadas de gigantes da indústria pesquisando e nada, e assim magicamente aparece um pessoal com essa tecnologia? Certamente é fake!
A internet, que é BEM desconfiada, até demais ficou com 3 pés atrás, muita gente começou a apontar falhas “óbvias” no vídeo. Só que não era fake. O desenvolvimento foi todo em segrego, custou uma fortuna e levou anos, felizmente a empresa tinha ambos. Eles são os criadores do Flyboard original, este brinquedo aqui:
Essa Flyboard é muito, muito legal, mas é um equipamento passivo (ui!) usando um jetski para prover a pressão hidráulica para os jatos. O que fizeram foi começar com essa tecnologia e desenvolver um conjunto de 4 turbinas, com uma mochila contendo combustível, controles e encheram o bicho de giroscópios. Nasceu a Air Flyboard.
Em vez de bater boca na internet a Zapata Industries chamou o pessoal do Livro Guinness, e organizou a quebra do recorde mundial para vôo em hoverboards. Resultado? Franky Zapata, criador da Flyboard e CEO da empresa vestiu a mochila, subiu na trapizonga, e se preparou para quebrar o recorde anterior de 275,9 metros.
A região de Sausset-les-Pins, na costa francesa acabou testemunhando um vôo sem escalas, controlado de nada menos 2.252 metros.
O equipamento é capaz de atingir 10 mil pés de altitude e velocidade de 150 km/h. Isso pode ser bem atraente para muita gente, incluindo a comunidade de Defesa. Por isso a Implant Sciences está de olho e quer adquirir a Zapata Industries. Depois de anos fabricando detectores de bombas e outros equipamentos, eles querem entrar na área de veículos, criando um mercado para a Flyboard e seus derivados.
Sugerem idéias como macas-drone para evacuar feridos, transportes para munições em zonas de combate e, claro, o uso por operações especiais, mas esse último certamente não será para combate direto, como nesta cena abominável do Highlander 2 que só coloco pois odeio todos vocês:
Bulletproof Media | Highlander 2 - Renegade Version Fight Scene
Usado em combate a curta distância a Flyboard transforma o combatente em um lindo alvo, carregando litros e litros de combustível nas costas. Por outro lado ele pode ser usado para transporte rápido entre regiões de combate, ou até em uma incursão via salto de paraquedas de grande altitude. Dá pra imaginar uma fortaleza inimiga em uma ilha, e uma tropa usando Flyboards para passar por cima de todas as defesas contra mergulhadores e barcos, como redes e minas.
Uma coisa é certa: o Michael Bay vai tomar conhecimento da Flyboard e usar em uma cena épica como fez com as Wingsuits no Transformers 3, e provavelmente fará também com gente de verdade. O que tornou a cena melhor ainda:
Fonte: The Verge.