Carlos Cardoso 8 anos atrás
Uma das tristes realidades do futuro Big Brother em que vivemos é que espionar os outros é muito mais fácil do que obter informação real dessa massa de dados. Palavras-chave não bastam, isso já se sabia desde os anos 90 quando “cyberanarquistas” tentavam confundir o Echelon, o suposto sistema de vigilância dos EUA colocando taglines em todos os e-mails com termos como “bomb, washington, terror” e outros.
Hoje temos bilhões de mensagens enviadas diariamente em centenas de redes diferentes, quando a NSA diz que seu sistema de monitoramento é focado em metadados e não em conteúdo não é por respeito a alguma Lei sobre Privacidade, é apenas impraticável filtrar tanta informação.
Buscas por palavras-chave acabam em conferência manual, mais ou menos como aquele salão do filme dos Simpsons. Com o software que o Serviço Secreto quer adquirir será possível fazer uma filtragem intermediária, mais eficiente.
Identificando ironia e sarcasmo é possível descartar mensagens inócuas e se concentrar em ameaças reais, ou não-reais mas plausíveis, como este JÊNEO aqui.
Para a sorte do Serviço Secreto esse software parece que existe. Um estudante do Instituto de Tecnologia Technion, de Israel diz ter desenvolvido um algoritmo capaz de detectar ironia e sarcasmo em textos.
Identificar o tom de um texto é algo bem complexo para a maioria dos comentaristas de portal, aprendi que nem colocando tags <SARCASMO></SARCASMO>
eles entendem. Se o software funcionar irá descartar piadas óbvias, referências e finalmente vão parar de querer prender o Cazuza para averiguar o quê ele quer fazer com uma bomba e que diabo de arma química é um flit paralisante.
Fonte: The Star.