Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
A gente sabe que a Samsung não brinca em serviço, mas uma coisa é prometer o futuro e entregar produtos saídos dos nossos sonhos Sci-Fi mais loucos (aqui e aqui), e outra é entrar em Modo FULL STARK. Tudo bem que deu certo para a Microsoft, mas à via de regra esse é um movimento que poucos se arriscam a fazer porque você vai prometer o mundo, vai empolgar todo mundo e não vai conseguir cumprir a meta.
Ainda assim os coreanos gostam de contar vantagem. Como se não bastasse afirmarem serem capazes de produzir chips de cinco nanômetros sem dificuldade (visto que a IBM bateu cabeça por anos para chegar a 7 nanômetros, pesquisa essa que a Samsung é parceira), agora afirmam estarem desenvolvendo displays para dispositivos mobile com a absurda resolução de 11K. Sim, porque mesmo 8K é pinto pra eles.
O projeto está sendo levado a sério, é tocado pela Samsung e mais 13 empresas sul-coreanas e internacionais, com investimento do governo local de US$ 26,5 milhões ao longo de cinco anos. A ideia é disponibilizar os primeiros modelos funcionais surpreendentemente já em 2018. Isso resultaria em smartphones e tablets com a incrível densidade de 2.250 pixels por polegada. A título de comparação o Galaxy S6, o atual campeão nesse quesito possui 577 ppi em um display Quad HD de 5,1 polegadas.
O que a Samsung planeja? Basicamente introduzir o efeito de tridimensionalidade sem a necessidade de óculos. Um porta-voz da Samsung explicou que “uma tela com tamanha resolução geraria a ilusão de que o usuário estaria vendo uma tela 3D sem a necessidade de utilizar qualquer tipo de acessório.
O grande problema é, mais uma vez o conteúdo. Hoje temos uma quantidade considerável de material em 4K porque os fabricantes forçaram a barra até não poder mais, mas 5K e 8K? Pouco, muito pouco. 11K, ou 10.560 x 5.940 pixels é atualmente um leviatã, ninguém possui nada dessa qualidade e não creio que comecemos a disponibilizá-lo tão logo.
A Samsung espera exibir os aparelhos com as ditas telas nos Jogos de Inverno de Pyeongchang em 2018, e já avisa que 11K “é apenas a base para que a indústria sul-corena possa dar mais um passo em materiais e componentes”. Resta saber se as baterias acompanharão tanto avanço.
Fonte: ETNews.