Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
A ASUS entrou no mercado de smartwatches quando apresentou o ZenWatch na IFA 2014. Apesar de bonito e elegante, ele peca por algo que tem sido o calcanhar de Aquiles dessa categoria de gadgets: a bateria.
Convenhamos, um relógio de pulso que precisa ser carregado todas as noites não é lá algo muito legal — e pelo visto o Apple Watch irá pelo mesmo caminho — e pensando nisso a ASUS planeja focar na autonomia em seu próximo reloginho esperto, o que virá com um preço: ele não será um Android Wear.
A informação veio de um relatório publicado na manhã de ontem, revelando que a empresa de Taiwan trabalha num modelo de smartwatch que não vai rodar o sistema dedicado do Google. A iniciativa foi confirmada pelo CEO da ASUS Jerry Shen, que tranquilizou os mais afoitos: isso não quer dizer que o Android Wear será abandonado em prol de outro sistema:
Nossa principal preocupação no momento é com a economia de energia. (...) Vamos continuar a trabalhar com o Android Wear, e nós temos outro modelo (de smartwatch) que não é baseado no sistema e que possui uma bateria de longa duração.
Em uma ocasião anterior, o chairman da companhia Jonney Shih declarou que estavam desenvolvendo um aparelho que duraria pelo menos sete dias longe de qualquer fonte de energia, o que é um avanço e tanto se comparado com outros smartwatches (e ficando no mesmo nível do Pebble, com sua tela e-ink). Somando-se às declarações de Shen, o tal reloginho esperto econômico virá equipado com um chipset da MediaTek que ainda está sendo desenvolvido, voltado a atender a demanda por fazer mais com menos custo energético.
A ASUS está considerando opções. Ainda não pretende abandonar o Android Wear, já que o CEO afirmou que a segunda geração do ZenWatch rodará o sistema, embora ele seja lançado “antes de ocorrerem eventuais mudanças” (a previsão é que ele chegue às lojas no terceiro trimestre).
A maior preocupação da ASUS no momento é atrair o público, que não se mostra muito adepto à ideia de gastar uma boa grana com um gadget mais cosmético do que qualquer outra coisa. E nem o Apple Watch está conseguindo reverter essa percepção.
Fonte: CoA.