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Visão de Predador para seu celular — e não do tipo que atiça o Chris Hansen

Isso é danado de bonito. Sabe aquelas câmeras de visão térmica que bombeiros usam pra visualizar vítimas no meio da fumaça, no escuro, de noite? Um trambolho, né? Não mais. A FLIR lançou uma que é do tamanho de uma câmera digital fininha, e complementou com um adaptador pra smartphone. Bem-vindo ao futuro.

9 anos atrás

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Uma das cenas mais legais do Predador 2 foi quando os soldados incompetentes deduzem que o alienígena enxerga na faixa do infravermelho, então usam roupas térmicas e armas de nitrogênio pra anular essa capacidade. Teria dado certo se o caçador não tivesse à sua disposição um visor funcionando em várias frequências. Ele começa a selecionar até achar uma faixa onde os caras brilham feito lâmpadas, e tomam no roscofe.

Hoje em dia aquela tecnologia alienígena é ultrapassada. A imagem acima por exemplo é um sujeito usando o capacete projetado para o F-35. Ele usa realidade aumentada e visores multi-espectrais, você tem visão noturna, diurna, dados de alvos de radar superpostos, tudo em 3D, tudo nos seus olhos. Mais ainda: se você olhar para baixo não verá suas pernas, mas… o terreno.

Essa tecnologia multi-espectral, combinando dados de câmeras trabalhando em várias faixas de onda foi usada também pelo pessoal do Seal Team 6, quando promoveram o encontro entre Osama e suas virgens.

Um uso mais pacífico da tecnologia FLIR — forward-looking infrared imaging são as câmeras que os bombeiros usam:

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Elas usam infravermelho para gerar imagens térmicas, assim conseguem ver através de fumaça espessa, no escuro e qualquer corpo que emita calor aparece em destaque. É uma tecnologia que salva vidas, avança pesquisas científicas e permite que você veja até o que não quer ver:

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A FLIR, empresa que curiosamente tem o mesmo nome da tecnologia e é “a” referência em equipamentos de imagem térmica agora desenvolve câmeras multi-espectrais, diminuindo um problema do infravermelho: a baixa resolução.

Não é culpa dos pixels, é culpa das ondas. O comprimento de onda é grande demais, é como se você tentasse medir o buraco de uma fechadura usando um pau de selfie.

Também há o agravante de que uma página de texto por exemplo provavelmente tem uma temperatura uniforme então aparecerá como uma superfície contínua. É comum em ambientes industriais você combinar imagens FLIR com fotos convencionais, pra saber exatamente onde está o defeito.

A tecnologia MSX da FLIR faz isso, automaticamente:

FLIR MSX (Multi-Spectral Dynamic Imaging)

Agora eles lançaram dois brinquedinhos muito legais: a C2, uma câmera FLIR MSX touchscreen, e uma câmera que funciona como acessório para smartphones Android e iOS:

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Veja o brinquedo, em uso:

FLIR C2 mobile heat-vision device hands-on

O melhor é que não é nada absurdamente caro. O adaptador pra smartphone custa US$ 249,99. Esse é o tipo de coisa que todo mundo que trabalha em atendimento de emergência deveria ter no bat-cinto de utilidades.

Fonte: SG.

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