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Consultoria prevê que em 2030 advogados serão autômatos sem alma ou coração. 2030?

Você quer um advogado frio, calculista, mecânico, sem emoção e implacável? Não se preocupe, segundo uma firma de consultoria em 2030 teremos bots de Inteligência Artificial exercendo as atividades ora nas mãos dos nobres causídicos de carne e osso…

9 anos atrás

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Uma das piadas recorrentes na cultura pop é mostrar sociedades utópicas sem advogados. Em De Volta para o Futuro 2, eles foram abolidos. Em um dos episódios da Liga da Justiça Unlimited, o Lanterna Verde está sendo julgado. Flash pergunta se ele não tem direito a defesa. O Juiz explica que resolveram seu problema de advogados muito tempo atrás, mas se o Flash quiser pode assumir o papel de defensor, mas compartilhará da sentença do acusado.

O “advogado malvado” é uma trope bem comum (TV Tropes, não clique no trabalho), e não é de hoje. Shakespeare já dizia em Henrique VI, Parte 2: “Matemos todos os advogados” e isso no Século XVI, quando ainda vivíamos em cavernas. A figura do advogado sanguinário implacável e sem escrúpulos é universalmente desprezada.

Até que precisamos de um.

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Eu não quero ir para um tribunal e caso a Justiça seja feita, quero que meu lado ganhe. OJ Simpson não perdeu noites de sono quando Johnny Cochran conseguiu o impossível: inocentar um sujeito preso ainda com o sangue das vítimas nas mãos.

Agora uma firma de consultoria previu que isso vai mudar, não mais teremos humanos implacáveis incansáveis e sanguinários defendendo o interesse de seus clientes. Teremos bots de Inteligência Artificial.

Ao menos no que se refere a trabalho básico, feito por estagiários e juniores. A previsão é que todo esse feijão-com-arroz seja automatizado por volta de 2030, quando ao invés de botar um estagiário para pesquisar jurisprudência, um bot analisaria o caso e retomaria a legislação adequada.

No caso dos EUA, onde o Direito é MUITO dependente de jurisprudência, é algo bem útil. Mesmo na simples letra da Lei, se pegarmos algumas áreas, como a legislação fiscal, fica evidente que um reles humano é incapaz de compreender tudo. Veja uma representação dos 27 megabytes de texto que compõe a Legislação Tributária nos EUA:

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Um sistema de inteligência artificial que consiga entender esse pesadelo, ao menos em um nível superficial já facilitaria muito. Enquanto isso os estagiários fariam o que fazem melhor: manter a cafeteira funcionando e ir no Fórum puxar andamento de processo naquelas maquininhas, pois o dono do escritório é mão de vaca demais pra botar banda larga.

Claro, as tarefas mais nobres da advocacia não serão automatizadas tão cedo. Há quem diga que um robô jamais poderá ser um bom advogado. Eu acredito. Mesmo descontando o componente de malícia e cinismo essencial para uma boa defesa, em casos que vão a Júri ninguém abriria mão de um advogado com performance digna de um Oscar, em favor de um robô, objetivo e direto.

E se você duvida disso, lembre-se que mesmo tendo FUZILADO a namorada no banheiro de casa Oscar Pistorius, graças a seu genial time de defesa pegou 5 anos por homicídio doloso, vai sair da cadeia em 10 meses e mesmo assim a Defesa ainda vai apelar.

Fonte: Hacked.

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