Emanuel Laguna 8 anos e meio atrás
O tio Laguna gostaria de pedir desculpas pela pauta óbvia: mais um gadget desejado por um nicho de consumidores brasileiros possui o preço mais elevado do mundo quando vendido pela representante oficial no Brasil. Isso ocorre por vários motivos, desde o Lucro Brasil até o fato de que certos aparelhos ainda não são fabricados e/ou montados por aqui. Inclua na conta a recente desvalorização do real no pacote: se você converter os US$ 35 de um Chromecast para um valor de venda aqui no Brasil, por exemplo, o resultado é de no mínimo uns 160 reais.
A mesma lógica de preço do Chromecast caiu como luva para os smartphones mais desejados pelos fãs da Maçã. Na loja brasileira da Apple um iPhone 6 sai por no mínimo R$ 3.199,00. Por mais 400 reais, você leva o iPhone 6 Plus. E estamos falando dos modelos mais básicos, com apenas 16 GB de armazenamento. Se formos comparar tais preços com os que são praticados no restante do mundo, o melhor a fazer é rir da própria desgraça: pagar quatro mil reais num PlayStation 4 já não parece mais tão absurdo.
Notem que o iPhone 6 (e o Plus) mais barato é vendido no Japão: pouco menos da metade do valor cobrado no Brasil. Bom lembrar que ambos os smartphones não são fabricados e/ou montados aqui no país e assim não gozam de quaisquer incentivos fiscais brasileiros. Nem duvido que mesmo caro fará sucesso e esgotará os estoques.
Ao menos agora a Apple possui loja própria no Brasil e, pela primeira vez, pôde fazer o lançamento oficial do novo smartphone em apenas alguns poucos meses após o anúncio oficial. E o melhor: com direito a pré-venda, iniciada semana passada (07/11).
Hoje, dia 14 de novembro, foi de facto o lançamento oficial do iPhone 6 no Brasil. O amigo Gabriel Subtil foi um dos primeiros a comprar o iPhone 6 num evento promovido por uma operadora. Embora o valor do aparelho seja bem menor quando atrelado a algum plano pós-pago, não considero uma compra assim vantajosa pois não tenho o costume de trocar meu celular todo ano. E os serviços de telefonia no Brasil tendem a ser cada vez piores com o tempo, já que as operadoras lucram com voz e o tio Laguna quer cada vez mais dados.
O jeito é comprar um iPhone 5S ou continuar com o meu velho iPhone 4S até onde der e talvez dar chance ao Android algum dia, se eu encontrar um bom aparelho com tela não muito maior que 4 polegadas e câmera decente.