Carlos Cardoso 9 anos atrás
No começo dos Anos 80 todo mundo consumia drogas. Caminhões de LSD eram despejados nos reservatórios de água das cidades, então hoje ninguém lembra o PORQUÊ de gostarmos de Max Headroom, um personagem cyberpunk (não era) gerado em computação gráfica (não era) que… viram? Nem lembro o que ele fazia no programa, só que foi o precursor dos apresentadores “digitais”.
Depois disso um monte de alarmes falsos, inclusive a tal “Ananova” prometeram revolucionar o jornalismo, mas o mais próximo que chegamos é a Siri ou a Cortana lendo o alerta da CNN.
O estranho é que a geração de conteúdo, que em teoria é mais complicado, vem sendo devidamente automatizada. A Forbes usa algoritmos para geração automática de matérias, a Associated Press vai fazer o mesmo e leitores não identificam e/ou não ligam se as matérias são produzidas por software, comprovando que qualquer zé ruela consigo escrever hoje em dia.
Já apresentar é mais difícil, mas o Japão acha que resolveu isso. Ao menos o Professor Hiroshi Ishiguro, do Museu Nacional de Inovação e Ciência Emergente de Tóquio. Ele criou o Kodomoroid, mistura dos termos em japonês “Androide” e “criança”. Não questione, é Japão.
Na apresentação o robô apresentou notícias, fez piadas e — juram — interagiu com o professor, mas acredite: a Pelajo não precisa se preocupar em perder o emprego. O tal Kodomoroid é um habitante das regiões mais profundas do Vale da Estranheza. Não digo que você vá correr apavorado, mas confortável não ficará, assista:
Fonte: AFP.