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Crise em Taiwan: CEO da Acer renuncia e HTC anuncia corte de 24% e foco em smartphones baratos

Executivo da Acer assume responsabilidade por não conseguir reverter perdas da empresa; HTC vai focar em aparelhos baratos para reduzir gastos

10 anos atrás

HTC One Max, o último top da HTC? Esperamos que não.

Alguma coisa acontece em Taiwan que as duas grandes empresas lá sediadas, HTC e Acer não andam muito bem das pernas. Ambas apresentaram perdas consideráveis no fechamento do terceiro trimestre, o que resultou em ações diversas para ambas para se safarem da crise, indo de renúncias, demissões, cortes violentos nos gastos e até mesmo um reposicionamento no mercado.

A Acer, quarta maior fabricante de PCs do mundo está sentindo o impacto da era pós-PC. Com os consumidores se interessando cada vez mais por tablets do que desktops e notebooks, a empresa registrou uma perda de US$ 446 milhões no último trimestre. Tais números levaram o CEO JT Wang a renunciar ao cargo, ao passo que ele assumiu total responsabilidade por não conseguir fazer com que a Acer voltasse ao caminho da prosperidade. Ele permanecerá no conselho diretor até o fim de seu mandato em junho de 2014 e Jim Wong o substituirá como CEO em 1º de janeiro. A empresa agora planeja reduzir seus custos operacionais em até US$ 100 milhões/ano, e já anunciou que vai cortar até 7% de seu efetivo mundialmente.

A HTC proporcionalmente também teve prejuízos grandes, frutos de um ano não muito bom: ela amargou um fiasco daqueles com o HTC First e perdeu a parceria com a Beats Electronics, e outros problemas que culminaram no fechamento do terceiro trimestre com uma perda de US$ 102 milhões. Pior: num mercado dominado por Apple e Samsung e onde a Microsoft deu preferência à Nokia no WP8, a HTC prevê uma queda de mais 15% no Q4.

Isso está levando a empresa a rever suas estratégias: ela pretende cortar os gastos para manter seus custos durante o próximo trimestre em até 10 bilhões de dólares taiwaneses (cerca de US$ 340 milhões), e para isso uma das atitudes será focar seus esforços em smartphones mais baratos, o que pelo menos por enquanto simboliza que a HTC, mesmo tendo um hardware de primeira não está podendo bancar os custos de aparelhos como o HTC One e o One Max.

Além disso rumores anteriores sugeriram que a HTC poderia considerar novas oportunidades, desde instalar o Windows Phone em seus aparelhos que já são vendidos com o Android, até mesmo uma parceria com a Amazon num suposto Kindlephone, o que poderia levar ao fim do contrato com o Google já que a Open Handset Alliance não permite que parceiros lancem aparelhos com forks do robozinho verde. O mesmo vale para a possibilidade dela ser a misteriosa fabricante que fechou parceria com o projeto Cyanogen, que também está para criar um fork.

Resta saber se ambas conseguirão sair do buraco em que caíram, pois mais fabricantes significa mais opções de concorrência sempre é bom. Pelo menos elas não estão tão ruins quanto a BlackBerry...

Fontes: Engadget e TC.

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