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Killzone: Mercenary - Review

Killzone: Mercenary é um excelente FPS para o PS Vita e que mostra que o portátil pode ter jogos com a qualidade do que vemos nos consoles. Leia a análise.

10 anos e meio atrás

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Eu nunca fui muito fã da série Killzone, mas devido a sua excelência técnica, principalmente em se tratando dos gráficos, quando o capítulo Mercenary foi anunciado para o PlayStation Vita, fiquei muito curioso para ver o que a Guerrilla Cambridge conseguiria tirar do portátil e agora posso dizer que o objetivo deles foi alcançado.

Com seu início se passando logo após o término do primeiro jogo e a campanha principal mostrando outro ponto de vista de vários eventos retratados na série, em Killzone: Mercenary encarnamos Arran Danner, um mercenário que não vê o menor problema em aceitar qualquer trabalho, desde que a remuneração seja boa e é aí que reside boa parte da mecânica do jogo.

Já nos primeiros momentos de jogo descobriremos que tudo o que fizermos nos renderá dinheiro, desde matar soldados inimigos até coletar a munição que eles deixarem e basta nos depararmos com um comerciante chamado Blackjack para entendermos que nossa vida não será fácil.

Acontece que ao contrário do que vemos em muitos jogos do gênero, no Mercenary não encontramos armas espalhadas pelos cenários e sempre que quisermos uma nova, teremos que comprá-la, ou pelo menos equipá-la (por um preço) nas lojas espalhadas pelas fases. Isso adiciona alguma estratégia às partidas, afinal nunca sabemos quando teremos um campo aberto pela frente, onde um rifle de precisão será mais útil, ou uma sequência de corredores, ocasiões onde uma abordagem silenciosa é mais indicada.

Por falar em ataques furtivos, um dos pontos altos do game é permitir que os jogadores escolham como jogar, seja partindo para os confrontos diretos, quando logo nos veremos diante de vários inimigos, ou se esgueirando pelos estágios e aniquilando os alvos sem que eles notem nossa presença. Além de essa estratégia nos render mais dinheiro, torna a jogabilidade muito mais desafiadora, embora não seja um estilo que agrade a todos.

Um detalhe que me chamou bastante a atenção no jogo foi a inteligência artificial. Apesar de ainda nos depararmos com muitos adversários que ficam apenas esperando para serem alvejados, quase sempre notamos que alguns deles procuram nos flanquear e mesmo em títulos de grande porte vi isso poucas vezes. Aqui, definitivamente não uma boa ideia ficar muito tempo parado no mesmo lugar.

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Quanto a parte visual, a série novamente nos dá a impressão de ter estabelecido um patamar. Desde os efeitos de iluminação e sombras, até as texturas e os vastos cenários, Killzone: Mercenary é certamente um dos jogos mais bonitos que já apareceram no Vita e serve para mostrar que o portátil pode realmente ter títulos com a qualidade visual de um console. A lamentar apenas o trabalho de dublagem aqui no Brasil, com as atuações na maioria das vezes soando forçadas demais e poucas vezes empolgando.

Com fases bem construídas e uma boa jogabilidade, os únicos pontos que tenho a lamentar no Killzone: Mercenary é a maneira como ele utiliza a tela sensível ao toque do portátil, que exceto pelas partes onde temos que hackear computadores, são dispensáveis e principalmente, o ridículo processo de salvamento do progresso, que só acontece entre as fases. Assim, caso você esteja jogando e desligue o aparelho no meio de uma missão, terá que jogar ela novamente desde o início e como algumas podem durar vários minutos, essa é uma falha de design inadmissível e que me gerou alguns problemas irritantes.

Mesmo assim, trata-se de um jogo espetacular e que considero imperdível para qualquer um que goste de FPSs. Só não opinarei sobre o multiplayer, pois das mais de 10 tentativas de iniciar uma partida online, a única vez que consegui entrar em uma só tinha um jogador e após poucos segundos ele se desconectou.

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