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Fim das restrições no Xbox One também aniquilou seis recursos interessantes

Restrições do Xbox One caíram, mas junto com elas alguns recursos legais também se foram

11 anos atrás

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Após toda a comoção gerada pela mudança de postura da Microsoft em retirar todas as restrições a jogos usados e não mais exigir conexão diária, a poeira baixou e é hora de verificar se dentre todas as vantagens, nós não perdemos alguma coisa que seria interessante ou vantajosa para os gamers. E parece que foi o caso. Seis casos.

Avaliando profundamente o fato de que o Xbox One agora se tornou um console offline como os consumidores queriam, tal como a geração atual é e como o PS4 supostamente será (a Sony não fala muito, isso é um problema), nós também provavelmente perdemos algumas vantagens que o serviço nos traria, por exemplo:

  • Sua biblioteca de games não será 100% digital: o sistema de biblioteca digital apresentado originalmente seria um fac-simile do Steam: todos os seus games estariam disponíveis para você em qualquer lugar, bastando conectar à rede, independente de ser seu console ou de um amigo. O lance dos games físicos serem instalados e depois poderem ser facilmente baixados caso você deletasse o arquivo é excelente, principalmente para quem ainda é aficionado por caixinhas (já que a Microsoft afirmou que adotou o sistema similar ao do PS Vita: todos os games possuem versões físicas e digitais). Agora JAERA. Quem comprar games pela rede continuará com as cópias dos seus arquivos, podendo baixá-los quando quiser. Já os físicos não, devido o fim da restrição a jogos usados. Os discos não serão mais atrelados a contas, prolongando a vida útil dos discos por esse e pelo próximo motivo, que é...
  • Os discos serão necessários para rodar os games, mesmo após instalados: sem uma forma de verificar se os games de mídia física que você roda são atrelados à sua conta de fato, não há como se desfazer dos discos. Quem preferir esse método terá que continuar a usá-los, pois o console exigirá. Claro, nada impede que você o revenda ou empreste para amigos, que poderão instalá-lo sem restrições, mas nesse último caso cada um vai ter que ter uma cópia ou não conseguirão jogar.
  • Compartilhamento com até 10 familiares caiu: esse é um recurso que deixaria de existir de forma estranha. É compreensível que você não poderá compartilhar games físicos por razões já explicadas acima, mas e quanto a game comprados na Xbox Live? Seria como o Steam poderia vir a funcionar, e já que não há cópias físicas, nada impede que você e seu primo no Acre compartilhem um game comprado digitalmente. O VP de Xbox Marc Whitten disse ao Kotaku que é algo que a Microsoft não poderá entregar no primeiro dia, deixando em aberto a possibilidade de reimplantar o recurso no futuro.
  • Doação de games digitais já era: esse era um recurso bem legal: você poderia doar seus games que não quisesse mais a um amigo, desde que ele estivesse na sua lista de contatos por pelo menos 30 dias. Agora se foi, ceased to exist. Quem quiser trocar games terá que recorrer ao método antigo, restrito apenas à mídia física.
  • Processamento na nuvem deixa de ser um atrativo: um dos recursos qe chamou a atenção de todos foi o de que devido às particularidades do Xbox One, desenvolvedores poderiam utilizar o poder de processamento da nuvem para desafogar o trabalho do processador, o que, claro, exigiria uma boa conexão de dados por parte do usuário. Essa era uma vantagem atrativa para desenvolvedores, mas como agora o console se tornou offline, isso deixa de existir. Segundo Marc Whitten, entretanto, games multiplayer ou single player que seriam offline por definição, mas que precisem usar o recurso, o farão. Nesse caso cabe ao desenvolvedor como proceder.
  • Menor possibilidade de queda de preços de games no futuro: por atrelar os games à sua conta, muitos reclamaram que seria o fim do comércio de usados. Mas isso é algo com o qual os jogadores de PC já estão acostumados, e com uma vantagem: no caso de Steam, Origin, Nuuvem e similares, esse formato permite cortes de gordura, e consequentemente queda de preço com o tempo. Não mais. Com os games físicos ainda relevante e um mercado de usados salvo, dificilmente veremos ocasiões em que os games caiam violentamente de preço ou recebam promoções absurdas, como o Steam costuma fazer.

Além de tudo isso, Whitten confirmou que para que essas modificações tenham efeito, o console exigirá uma conexão no "Day One", para a instalação de um patch de correção.

Fica claro que a Microsoft queria agradar a indústria de games e não o consumidor, e quando a Sony abraçou seus clientes, o golpe foi duro, o que a obrigou a rever seus conceitos. Mas é evidente enquanto ganhamos de um lado, perdemos de outro. Não existe almoço grátis. Mas nada impede que ela reveja alguns desses features, em prol de reconquistar a simpatia de seus consumidores.

Mas fica evidente que, mesmo que tenha sido por uma probabilidade de perder dinheiro, pela segunda vez na semana vimos que reclamar muito dá resultado. 🙂

Fonte: GR, Polygon e Kotaku.

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