Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Sinceramente eu nunca vi tantas informações desencontradas no lançamento de um console como no anúncio do XBox One. Desde gente falando demais a funcionários desmentindo vice-presidentes, teve de tudo. Agora que os ânimos estão menos exaltados e passado o impacto inicial, algumas informações começam a se organizar. Ontem já falamos da taxa para jogos usados e retrocompatibilidade, além de o uso do Kinect ser obrigatório e o HD não ser removível.
Agora mais algumas informações começaram a tomar forma, e como vieram de executivos, podemos considerar como mais críveis porque sinceramente, essa bagunça tá demais.
A primeira diz sobre os acessórios do 360: de acordo com o VP Corporativo da Microsoft Studios Phil Spencer, os controles, o Kinect e outros acessórios do console atual não serão compatíveis com o XBox One. Apesar de não conter sensor biométrico, NFC, touch screen ou um botão de Share como ocorre com o Wii U ou o PS4, o novo joystick possui cerca de 40 modificações em relação ao modelo anterior e, como foi pensado para funcionar totalmente integrado, o tornam diferente demais do controle do XBox 360. A mesma política vale para o novo Kinect, e como eles trabalham em conjunto para reconhecer o usuário...
A segunda é sobre a polêmica necessidade do console estar sempre conectado - e por incrível que pareça, Adam "Always On" Orth estava parcialmente certo. O XBox One funciona offline, porém ele exige uma conexão periódica para verificação a cada 24 horas, segundo o VP Corporativo da Microsoft Phil Harrison. Caso ele não faça essa verificação o console simplesmente não funciona.
Apesar de ser uma forma desagradável de coibir a pirataria, isso soa mais como uma punição para quem não tem uma conexão estável, além do console não funcionar mais completamente offline. Isso é algo que nem o Steam faz, que pode ficar dias desligado e não reclama quando você o reabre.
A terceira é a mais polêmica: em entrevista ao Kotaku, Harrison esclareceu algumas informações sobre o caso dos jogos usados, e elas não são muito animadoras. Os games podem ser instalados em qualquer console, e você poderá jogá-los de graça - desde que seja na sua conta (lembrando que o console reconhece sua voz para o login). A política de contas familiares permite que o jogo seja rodado por outras pessoas da casa.
Mas caso você empreste ou venda seu jogo, há a taxa. Mas de quanto, um valor simbólico ou o preço full? Segundo Harrison:
"Nós consideramos como um jogo novo, então sim, é o mesmo preço."
Harrison disse que a Microsoft estuda como solução alternativa uma forma dos usuários trocarem seus jogos pela XBox Live, mas não esclareceu os detalhes.
Essa é uma porrada tanto em quem costuma trocar games como no mercado de usados: não há vantagem em comprar um game na Gamestop e pagar uma taxa igual ao preço full, é mais vantajoso comprar novo. Além disso, o fato da instalação do game ser obrigatória torna mata o propósito de mídia física: se eunão preciso do disco ara jogar e não vou conseguir revendê-lo, por quê não fazer como no PS Vita e dar a opção de comprar a versão digital?