O F2P está fadado ao fracasso, diz game designer
Para co-fundador da Mythic, editoras se darão conta do risco envolvido em investir em jogos gratuitos e modelo não deverá durar muito tempo.
Dori Prata 11 anos atrás
O modelo de distribuição Free-to-Play é o futuro, a salvação e o bacon dos videogames. Pelo menos é nisto que muitos profissionais da indústria acreditam, mas para Mark Jacobs, co-fundador da Mythic Entertainment e criador do jogo Camelot Unchained, é bom as pessoas tomarem cuidado pois esse tipo de negócio não deverá durar muito tempo.
“Todos os Free-to-Play não desaparecerão amanhã, mas vamos ver o que acontecerá entre três e cinco anos – e eu aposto em três – quando os jogos gratuitos se tornarão apenas outro modelo. No momento temos todo mundo buscando isso, pensando ‘isso não é fantástico? Jogos gratuitos, nós ganharemos tanto dinheiro.’
Vocês verão muitas desenvolvedoras fecharem e verão muitas editoras dizerem, ‘Ah sim, gastar 20 milhões de dólares em um jogo Free-to-Play talvez não tenha sido a melhor ideia.’ Isso é parte do motivo, mas outra parte que é igualmente importante é que se você vai apostar no F2P, você terá que competir com todos os outros jogos gratuitos que existem por aí.”
Como o próximo jogo de Mark Jacobs será um MMO onde teremos que pagar uma mensalidade para jogar, ele acredita que isso filtrará o público, fazendo com que apenas aqueles realmente interessados invistam nele, livrando o estúdio de ter que lidar com pessoas que não acrescentam nada ao universo do jogo e que só estão preocupadas em testar o próximo título gratuito que chegar ao mercado.
Do ponto de vista do consumidor, não há como negar que ter acesso gratuito a um jogo é algo bastante tentador, mas se considerarmos o lado das empresas, Jacobs parece ter razão ao alertar sobre os riscos envolvidos nesse tipo de negócio, principalmente se considerarmos as dificuldades em manter os jogadores interessados – e gastando – por um longo período de tempo.
[via VG247]
