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Beta do Diablo IV agrada, mesmo na geração anterior

Após experimentar o beta do Diablo IV em um Xbox One X, fiquei bastante impressionado com a qualidade (e otimização) do jogo

51 semanas atrás

A espera acabou! Após uma década desde o lançamento do Diablo III, a Blizzard liberou o acesso antecipado ao beta do novo capítulo da série e apesar de um probleminha aqui ou outro ali, o que vi me deixou empolgado. E todos os pontos positivos que vi no Diablo IV, o que me deixou mais impressionado foi ver como o jogo está rodando bem em um console da 8ª geração.

Diablo IV

Crédito: Divulgação/Blizzard

Mas antes de falar sobre o que experimentei encarando o beta em um Xbox One X, vale fazer um resumo da história. Se passando logo após os eventos mostrados no Diablo III: Reaper of Souls, novamente nossa aventura acontecerá em Santuário, onde cultistas decidem invocar a filha de Mephisto, um demônio chamado Lilith.

Sendo a criadora daquele reino ao lado do anjo Inarius, o objetivo deles era oferecer um lugar para todos que quisessem fugir da guerra entre o céu e o inferno, iniciativa que deu origem aos Nefalens.

Sem querer entrar muito em detalhes, a “Mãe” faria o possível para evitar que seus filhos sejam mortos, o que revolta Inarius e assim ela acaba sendo banida. Já em Diablo IV, começaremos criando nosso personagem, com algumas opções estéticas garantindo um razoável nível de personalização. Quanto as classes, serão cinco no total: Bárbaro, Renegado, Mago, Necromante e Druida, mas neste primeiro período de teste não tivemos acesso às duas últimas.

Feitos os ajustes iniciais, o jogo nos colocará para encarar um prólogo, onde precisamos ir até uma vila próxima e lá os moradores nos darão uma missão que servirá para nos habituarmos aos controles. Aliás, assim como já tinha acontecido no antecessor, este funciona muito bem quando encarado usando um gamepad, inclusive com a versão para PC também contando com suporte a eles.

Obviamente há algumas limitações ao jogarmos assim, como a impossibilidade de lançar uma magia num inimigo específico. Isso acontece porque a jogabilidade com controle sempre focará nos monstros que estiverem mais próximos do nosso personagem, o que pode ser estranho para quem está acostumado a jogar com teclado e mouse.

Crédito: Divulgação/Blizzard

No entanto, como foi a conversão para consoles o que fez com que eu me apaixonasse pelo Diablo III, esperava que a sua continuação mantivesse uma jogabilidade tão divertida quanto ele ao usarmos um controle e em relaçào a isso não tenho do que reclamar. Talvez a grande diferença agora esteja na esquiva, pois se antes usávamos o analógico direito para fazer nossos heróis rolarem, agora o desvio será feito ao pressionarmos o botão B (ou círculo), movimento que exigirá um tempo para poder ser utilizado novamente.

Outra característica que podemos notar assim que começamos esta nova incursão em Santuário é o quanto o lugar parece muito mais sombrio que anteriormente. Buscando evitar serem novamente criticados por o jogo ser muito colorido, os artistas da Blizzard fizeram questão de garantir que viver naquele lugar não é agradável.

Das decadentes ruas dos vilarejos até os calabouços que exploraremos, tudo passa a sensação do sofrimento que aquelas pessoas estão encarando. Isso pode ser visto até nos comentários feitos pelos moradores, quase sempre lamentando a desgraça em que se encontram.

Mas mesmo com toda a escuridão presente nos cenários, isso não impediu que a desenvolvedora os enchesse de detalhes. Graças a um bom sistema de iluminação, é possível notar vários elementos presentes por onde passarmos, mesmo encarando o Diablo IV em uma máquina mais antiga.

Crédito: Divulgação/Blizzard

Por falar nisso, preciso elogiar o excelente trabalho de otimização feito pelo pessoal da Blizzard. Durante boa parte da minha experiência com o beta avancei sozinho derrotando os monstros e não notei quedas na taxa de atualização de frames. Confesso que estava receoso em relação a como o jogo se comportaria, mas esse teste me fez perceber que na falta de outra opção, não seria ruim encará-lo em um Xbox One X.

Porém, isso não quer dizer que eu não tenha passado por alguns problemas. Durante a minha jogatina, num determinado momento aproveitei o recurso de partidas entre plataformas oferecido pelo Diablo IV e convidei dois amigos que estavam no PC para se juntarem a mim. Já de cara estranhei quando um deles soltou uma magia e o framerate, que até então se mantinha estável, caiu assustadoramente.

Eu quis acreditar que aquela tinha sido uma falha pontual, talvez até um problema com a conexão, mas conforme avançamos pelo calabouço comecei a notar que os efeitos sonoros ficaram muito ruins, sempre quando havia muitas coisas acontecendo. Para garantir que eu não estava ficando louco, gravei um pouco de uma batalha contra um dos chefes e o resultado pode ser visto no vídeo abaixo.

A impressão é que o console não estava conseguindo dar conta de tuda a pirotecnia que acontecia ali, fazendo com que a experiência fosse bastante prejudicada. Vale ressaltar que isso não aconteceu enquanto estava jogando sozinho e que além de estar encarando o coop com pessoas que estavam em outra plataforma, a nossa conversa estava acontecendo através do Discord. Além disso, ainda se trata de um beta, então pode ser que o problema seja resolvido até 6 de junho, que é quando teremos acesso à versão final do jogo.

Eu não saberia dizer até que ponto esse conjunto de fatores interferiu no desempenho, mas o fato é que o problema incomodou a ponto de nem conseguir ouvir a conversa que estávamos tendo. Agora imagine numa situação crucial, onde eu poderia estar com um personagem que seria perdido caso morresse?

Outro ponto que merece reclamação é a falta de variedade nos calabouços, algo que tem sido alvo de muitas críticas por parte daqueles que experimentaram o Diablo IV. Esse me parece um problema mais difícil de ser resolvido, pois se trata de um aspecto estrutural, contudo, novamente precisamos levar em consideração que ainda estamos numa versão preliminar do jogo.

Enfim, mesmo sem ter me dedicado muito às missões paralelas e até ter ignorado parte da história por preferir conhecê-la melhor quando sair a versão final, fiquei muito satisfeito com esse primeiro contato com o jogo. Com o beta abrangendo tanto o prólogo quanto o primeiro capítulo quase inteiro (exceto por algumas missões da história), a impressão é de que teremos muito a fazer quando o Diablo IV for lançado. E como ele provavelmente receberá pelo menos uma expansão, acredito que os próximos dez anos de diversão estarão garantidos.

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