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Ásia — receitas da Apple fora da China (e Japão) cresceram 23%

Ásia levanta receita da Apple num trimestre estagnado nos lucros globais, segundo o relatório financeiro do Q4 FY 2022 (findo em set 22).

1 ano atrás

Nesta quinta-feira (27/10), a Apple apresentou o relatório financeiro do quarto trimestre fiscal de 2022 (Q4 FY 2022), período que correspondeu ao terceiro trimestre civil deste ano, abrangendo os meses de julho a setembro. Sem maiores surpresas, a Maçã de Cupertino continua a ser uma empresa gigante e saudável, com tendência de crescimento na Ásia.

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O lindo telhado de vidro de uma loja da Apple na Ásia (crédito: Wiki Voyage)

Vamos aos números globais:

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q4 FY 2021
(julho a setembro de 2021)
Q4 FY 2022
(julho a setembro de 2022)
Diferença
Receita US$ 83,36 bilhões US$ 90,15 bilhões + 8,14%
Lucro US$ 20,55 bilhões US$ 20,72 bilhões + 0,83%

Acima temos um panorama geral da Maçã de Cupertino, com os principais dados financeiros da empresa nos três meses terminados em 24 de setembro de 2022. O tio Laguna se pergunta quando vão corrigir os dias ausentes para coincidir com o trimestre civil (eu sei).

De qualquer forma, vemos um belo aumento de 8,14% na receita em relação a Q4 FY 2021 e um leve crescimento de 0,83% no lucro trimestral, que somou US$ 20,72 bilhões no Q4 FY 2022. Isso dá um lucro de US$ 227,7 milhões por dia, vindo de uma arrecadação média global diária de quase 1 bilhão de dólares (US$ 990,62 milhões por dia) nas 13 semanas que compõem o período divulgado!

Quais os responsáveis pela bela receita de 90,15 bilhões de dólares do quarto trimestre fiscal da Apple?

Para tentarmos entender a composição desse quase bilhão diário arrecadado, vejamos quanto cada linha principal de produtos da Apple arrecadou:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q4 FY 2021
Receita
Q4 FY 2022
diferença
em relação a
Q4 FY 2021
iPhone US$ 38,87 bilhões US$ 42,63 bilhões + 9,67%
Mac US$ 9,18 bilhões US$ 11,51 bilhões + 25,39%
iPad US$ 8,25 bilhões US$ 7,17 bilhões – 13,06%
vestíveis e acessórios US$ 8,79 bilhões US$ 9,65 bilhões + 9,85%
assinaturas US$ 18,28 bilhões US$ 19,19 bilhões + 4,98%
Receita US$ 83,36 bilhões US$ 90,15 bilhões + 8,14%

Assim como a Microsoft “esconde” os números do Xbox Series X|S, a Apple prefere não mais revelar quantas unidades vendeu de cada hardware, incluindo o astro iPhone.

Sendo assim, só podemos especular que embora os recentes iPhones 14 (e Plus / Pro / Max) tenham sido lançados na civilização a partir do dia 16 de setembro, esses 9 dias de vendas não conseguiram afetar positivamente o trimestre como um todo. Em outros anos, essa janela de uma a duas semanas no final com todos os novos modelos já disponibilizados levantava o trimestre graças à venda e pré-venda dos novos smartphones.

Embora não seja o principal astro da arrecadação, os notebooks da empresa conseguiram um expressivo crescimento de 25% na arrecadação do segmento graças ao lançamento dos MacBooks com o processador Apple M2. Disponíveis no mercado civilizado desde o dia 15 de julho, podemos dizer que o Q4 FY 2022 foi sim positivamente afetado pelos novos MacBooks, inclusive na Ásia.

O forte crescimento na Ásia (exceto no Japão)

RECEITAS DA APPLE NA ÁSIA
Período → Receita
Q4 FY 2021
Receita
Q4 FY 2022
diferença
em relação a
Q4 FY 2021
China continental US$ 14,56 bilhões US$ 15,47 bilhões + 6,23%
Japão US$ 5,99 bilhões US$ 5,70 bilhões – 4,86%
restante do continente US$ 5,19 bilhões US$ 6,37 bilhões + 22,75%
TOTAL: US$ 25,75 bilhões US$ 27,54 bilhões + 6,98%
participação global 30,89% 30,55% – 1,07%

O tio Laguna costuma focar os textos sobre a Apple na Ásia pois ali há dois gigantes, China e Japão, e uma variedade de mercados heterogêneos quando falamos na Maçã de Cupertino. Se o Japão anda estagnado com leve tendência à queda no consumo de produtos e serviços Apple, na China podemos ver que há espaço para expansão, mas talvez não tanto quanto no restante do continente.

Há muito espaço para a Apple crescer no continente asiático, tanto que pudemos perceber um aumento de 23% na arrecadação ali num trimestre que é apenas alimentado pelo hype dos novos iPhones. A não ser que países como Arábia Saudita e Índia estejam comprando mais MacBooks M1 com a chegada daqueles com M2, fica apenas a suspeita no ar.

Como a Maçã de US$ 2,32 trilhões não divulga mais dados de vendas unitárias de seus produtos, nem muito menos quanto eles estão vendendo em cada região do planeta, apenas podemos dizer que a Apple vai muito bem na China e no mercado asiático como quase um todo.

Fontes: 9 to 5 Mac, Bloomberg e CNBC.

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