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Você também é um obcecado pelos troféus de platina?

Sony diz que europeus são mais propensos que os americanos a conquistarem troféus de platina. Mas e você, costuma se dedicar a caçá-los?

1 ano e meio atrás

Quando em 2005 o Xbox 360 chegou ao mercado, o console trouxe uma novidade que se transformaria numa febre, as conquistas (achievements, em inglês). Então, ao perceber que as pessoas estavam dispostas a aumentar o máximo possível seus Gamerscore, a Sony implementou seu próprio sistema de desafios e adicionou algo que se tornaria uma verdadeira obsessão para alguns, os troféus de platina.

troféus de platina

Crédito: Reprodução/M-Zoghi/Wallpaper Engine

Servindo para aumentar a longevidade dos jogos e definidas pelas desenvolvedoras, as conquistas podem ser de muitas maneiras. Desbloqueadas simplesmente ao avançarmos pela campanha, como, por exemplo, ao terminarmos uma fase, elas também costumam estar relacionadas a feitos mais impressionantes (e mirabolantes), como encontrar todos os segredos ou derrotar um chefe sem sermos atingidos.

Porém, o que muitas vezes leva alguém a desbloquear um desses feitos nem é a vontade de permanecer mais tempo aproveitando determinados jogos, mas a chance de poder ostentar os troféus de platina que poucas pessoas terão. E um novo levantamento feito pela Sony mostra os públicos mais sedentos por essas "medalhas virtuais".

Os dados foram revelados durante a Computer Entertainment Developers Conference (CEDEC 2022) por Kenjo Akiyama, atual chefe da Tokyo Global Developer Technology Department. Segundo ele, os europeus e os asiáticos (exceto o Japão) podem se orgulhar por serem aqueles que mais desbloqueiam os troféus de platina, o que significa obter todos os outros troféus criados para um jogo.

Em contrapartida, são os japoneses aqueles que costumam passar mais tempo em um jogo, com a taxa de obtenção de platinas sendo superior às outras regiões. Outra informação revelada por Akiyama é que quando se trata dos troféus mais difíceis, eles são conseguidos mais pelos asiáticos em geral, o que poderia ser explicado pela tendência daquele povo a nunca desistir de um desafio.

Já os norte-americanos estariam entre aqueles que proporcionalmente menos se dedicam a conseguir os troféus de platina. Sobre isso, o mais impressionante talvez seja saber que, dos 100 títulos analisados na pesquisa, em apenas um deles os 100% dos troféus foram desbloqueados mais do que nas outras regiões.

Troféus e conquistas: supérfluos ou essenciais?

Crédito: Reprodução/Youtube

Com tais dados em mãos, voltei a pensar em algo que de tempos em tempos retorna à minha cabeça: até que ponto essas façanhas são importantes em um jogo? Você deixaria de encarar um título apenas por ele não oferecer suporte a tal recurso?

Essas perguntas podem parecer um tanto exageradas, mas eu explico. Desde que comprei um Nintendo Switch tenho pensado em como as conquistas (ou troféus) podem servir como incentivo a continuarmos jogando e sempre que tenho a oportunidade de obter um jogo para o PlayStation ou Xbox, normalmente acabo optando por essas plataformas (também) por causa disso.

Sim, hoje não sou tão apaixonado pelo recurso quanto já fui no passado e raramente “desvio” meu progresso apenas para obter alguma conquista. Ainda assim, acho muito legal ter um registro dos jogos que terminei e como normalmente desbloqueamos alguma façanha ao chegar ao final de uma campanha, basta ir até a nossa lista para saber o dia exato em que isso aconteceu.

Além disso, por mais que eu não busque aumentar meu Gamerscore ou tenha uma quantidade de troféus de platina que podem ser contados com os dedos de uma mão, não nego ser muito prazeroso ver pipocar na tela a mensagem avisando que uma conquista foi alcançada. Já no caso do Switch, sabemos que nunca teremos essa leve dose de dopamina.

Curiosamente, as conquistas presentes no Steam é algo que nunca chamou muito a minha atenção. Talvez isso se deva ao fato de o serviço não ter uma área dedicada a reunir aquilo que já desbloqueamos, mas de qualquer forma, é bom ao menos termos um registro do que já foi realizado.

Já em relação aos tão adorados troféus de platina da família PlayStation, mesmo com eles nunca tendo entrado no meu foco, acho muito legal as pessoas que se dedicam a obtê-los. Por várias vezes me peguei pensando em platinar um jogo que tanto adorei, mas a falta de tempo e a preguiça sempre pesaram mais na balança, sem falar na sensação de que seria melhor me dedicar a conhecer outros títulos.

Por exemplo, quando joguei o Kingdom of Arcadia e o Gleylancer no PlayStation 5 consegui obter suas platinas sem muito esforço e como ao comprar esses jogos temos acesso também às suas versões para PS4, estariam ali mais dois troféus fáceis de desbloquear. Porém, nunca me animei a jogá-los novamente só por causa disso.

Crédito: Dori Prata/Meio Bit

Ou seja, aquilo que me afasta dos troféus de platina não é necessariamente a dificuldade, mas o ato de ter que ficar preso a jogo apenas pela satisfação de ter alcançado tudo o que ele tinha a oferecer. Para mim, o mais importante em qualquer jogo é a diversão e como não consigo encontrá-la ao assumir o papel de um “trophy hunter”, prefiro passar meu tempo de outras formas.

Com isso não quero dizer que aqueles com dezenas, centenas de platinas em suas contas estejam errados, longe disso. Sei que para muitas pessoas a busca por esses troféus funciona quase como uma terapia, um objetivo que ao ser alcançado lhes dará muita satisfação e cujo processo poderá ser, também, divertido.

No fim das contas, é bom que o jogador tenha opção, mesmo porque o recurso pode simplesmente ser ignorado por quem não vê muita graça nele e só posso lamentar por a Nintendo ter considerado que algo assim não tem seu valor.

Fonte: Gamespot

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