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She-Hulk: quem é Jennifer Walters na fila do pão do MCU

She-Hulk, a mais nova heroína da Marvel a ganhar uma série própria. Conheça um pouco da história dessa cidadã, divertida, diferente e verde

2 anos atrás

She-Hulk é a protagonista da nova série da Marvel, que estréia em agosto de 2022. Não parece, mas ela já tem 42 anos, mas com um corpinho que só uma dieta balanceada, exercício e uma boa dose de raios gama podem proporcionar.

It's not easy being green... (Crédito: Marvel Comics)

Por um lado a She-Hulk é perfeita para quem não gosta do Hulk, eles são diametralmente opostos, mas isso acaba servindo para reforçar o lado trágico do personagem.

Sim, quando não está esmagando alguma coisa, o Hulk é um personagem bem trágico, até triste, encaixando perfeitamente com a musiquinha do final dos episódios da antiga série de TV.

Bruce (Ou David, na TV) é atormentado por seu passageiro sombrio, ele carrega um monstro que é pura violência irracional. Hulk, nos quadrinhos inicialmente não é um super-herói, ele é uma ameaça, causando morte e destruição por onde passa. O Hulk racional veio muito depois.

Banner é um fugitivo, sua vida arruinada pelo Hulk, uma maldição da qual ele não consegue se livrar. Já Jennifer Walters está mais que contente em ser a Mulher-Hulk, como a chamávamos nos gibis d’antanho.

Quem é a She-Hulk afinal?

Criada em 1980 por Stan Lee e John Buscema, a She-Hulk surgiu da necessidade da Marvel se proteger dos produtores da série de TV do Incrível Hulk. Caso eles criassem uma personagem feminina, teriam direitos sobre ela, e poderiam até cobrar royalties se a Marvel quisesse publicar histórias com ela.

Para evitar esse risco, surgiu Jennifer Walters. Ela era uma nerdinha sem vida social, que se dedicava totalmente ao trabalho, se tornando uma excelente advogada, até que sofre um atentado, encomendado por um mafioso. Por sorte ela estava com seu Doc preferido, seu primo Bruce Banner. Ele faz uma transfusão de emergência, que inexplicavelmente resolve o problema do tiro nas costas, Jen é levada para o hospital e Bruce foge da polícia, pois agora ele é suspeito (toca a musiquinha).

Primeira aparição da She-Hulk. Sim, nem os diálogos, nem a arte deixavam muito pra imaginação (Crédito: Marvel Comics)

No hospital, os três capangas que atiraram em Jennifer invadem seu quarto e tentam raptá-la. Ela fica apavorada, com medo, com raiva e se transforma na She-Hulk, dando uma piaba federal nos bandidos.

Ao contrário do Hulk, a Mulher-Hulk é 100% racional, permanecendo com a personalidade da Jennifer Walters. Ela assim não tem conflito interno, ela adora o dom que recebeu. Em suas palavras, “O que Jennifer não conseguir resolver, a She-Hulk resolve”.

She-Hulk: Poderes

Jennifer tem super-força, é relativamente invulnerável com capacidades regenerativas comparadas ao do Hulk. Normalmente ela não tem a mesma força de seu primo, mas como sempre em quadrinhos esse tipo de coisa, nas palavras do Filósofo Dr Renato, vareia.

A She-Hulk já recebeu poderes de um Celestial e se tornou capaz de enfrentar Thor em combate, com facilidade. Ela também já perdeu totalmente os poderes. No geral ela é extremamente forte, e quando fica com raiva, fica mais forte ainda.

Fora isso, o maior poder da She-Hulk é ser uma excelente advogada, trabalhando com casos envolvendo meta-humanos, e respondendo às dúvidas que todo mundo tem quando lê gibis: Ninguém processa os vilões e os heróis quando eles destroem a cidade?

She-Hulk não se importa (Crédito: Marvel Comics)

Jennifer já representou o Homem-Aranha num processo contra o J.J. Jameson, e certa vez defendeu o Capitão América em um caso onde o promotor era Matt Murdock. Sim, quadrinhos também têm episódios de tribunal, e são bem legais.

Outro poder dela é ser uma espécie de Deadpool Light, quebrando a quarta-parede e conversando com o leitor, às vezes ela faz isso para reclamar dos rumos que a história está tomando, e isso foi usado até como autocrítica, em um arco onde o enredo se perdeu completamente.

Complicada e não-perfeitinha

Apesar de estar de boa com sua condição, a She-Hulk não é uma Mary Sue. Ela enfrenta bastantes problemas ao, assim como o primo, ter uma trilha de morte e destruição. Mesmo bem-intencionada, quando supervilões aparecem do nada para te matar, você tem que reagir, e quem sofre é o cidadão comum.

Por causa disso a She-Hulk brigou várias vezes com outros supers, e já ficou totalmente abandonada, sem amigos ou mesmo licença para advogar. Isso a levou a altos e baixos, como qualquer pessoa normal, mas as histórias no geral são positivas.

She-Hulk teve dois arcos excelentes, um com Dan Slott e outro com Peter David, que usou e abusou da imagem de Pin-Up da personagem, mostrando-a como uma mulher moderna, independente e sexualmente saudável, às vezes até demais, ela papou o Hércules e se mandou, nem tchau deu.

Pobre Herc não resistiu à Verdona, mas fazer o quê? Ele também é filho de Zeus (Crédito: Marvel Comics)

She-Hulk na TV

Shulkie vai protagonizar a própria série, She-Hulk: Attorney at Law, com a cuti-cuti Tatiana Maslany, que você conhece de Orphan Black, como Jennifer Walters. Mark Ruffalo vai voltar como Bruce/Hulk, e Benedict Wong voltará como Wong. Tim Roth retornará como o Abominável.

Dessa vez serão nove episódios, evitando correria como Cavaleiro da Lua, que com apenas 6 episódios mal teve tempo de se explicar.

Na série veremos a origem de Jennifer Walters, que treinará com Banner para ser uma super-heroína, mesmo não querendo muito isso, inicialmente.

She-Hulk: Attorney at Law parece seguir bem de perto o arco de Dan Slott, e teve seu primeiro trailer liberado, com o título em português de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis:

Aparentemente a série será bem mais descontraída do que a levemente perturbadora e não tão levemente perturbada Cavaleiro da Lua, mas o melhor indício de que a Marvel não tem medo de abraçar a galhofa é a inclusão deste personagem:

Frog Man, o Homem-Sapo (Crédito: Marvel Comics)

É o Homem-Sapo, um dos heróis (ou vilões, dependendo da versão) de 5.ª categoria que aparecem de vez em quando só para servirem de alívio cômico ou saco de pancadas. Sua inclusão é um ótimo lembrete de que estamos falando de histórias de personagens que vestem a cueca por cima da calça, então não faz sentido brigar por causa deles nem esperar um tratado de filosofia a cada episódio.

PS: Sim, o CGI está bem capenga, mas lembre-se, é um primeiro trailer de uma série que estreará em três meses, não devem ter sequer o primeiro episódio editado, que dirá efeitos visuais e personagens digitais finalizados. E sim, o Hulk está bom porque os arquivos com os modelos 3D já existem. Paciência, Padawans.

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