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Apex Legends se torna uma das franquias mais lucrativas da EA

Após um forte crescimento, EA revela que o faturamento do Apex Legends chegou a US$ 2 bilhões, fazendo dela uma franquia muito importante para a empresa

2 anos atrás

Goste ou não da maneira como eles buscam seu faturamento, a verdade é que os jogos como serviço se tornaram a nova mina de ouro da indústria de videogames. Embora nem todos alcancem o sucesso esperado, sofrendo para manter o interesse do público, aqueles que o fazem podem contribuir muito para manter os cofres das empresas cheios e um desses casos é o Apex Legends.

Apex Legends

Crédito: Divulgação/EA

Apesar de ter registrado uma queda acentuada poucas semanas após um ótimo lançamento, segundo um relatório financeiro divulgado pela EA, o jogo desenvolvido pela Respawn Entertainment parece ter encontrado seu caminho.

Abordando o último trimestre do ano fiscal que se encerrou em 31 de março de 2022, o documento afirma que o Apex Legends ultrapassou a marca de US$ 2 bilhões. É importante ressaltar que o número se refere ao total gerado desde o lançamento do jogo, que aconteceu fevereiro de 2019.

Porém, como em maio de 2021 o ex-diretor financeiro da EA, Blake Jorgensen, revelou que o título havia alcançado US$ 1 bilhão em faturamento, isso significa que metade do valor gerado pelo Apex Legends aconteceu num período de apenas um ano. Segundo Chris Suh, atual responsável pelo setor financeiro da editora, o desempenho representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior, com a temporada 12 tendo se tornado a mais bem sucedida do jogo.

Tamanho crescimento no faturamento também coloca o título na direção de um desejo da empresa, que era fazer com que ele gerasse US$ 1 bilhão anualmente. Obviamente, manter um fluxo tão grande de dinheiro entrando não será fácil, mas a Electronic Arts possui uma carta guardada na manga, uma que será usada em 17 de maio.

Será nesta data em que veremos o lançamento mundial do Apex Legends Mobile, versão que chegará ao Android e iOS trazendo novos modos de jogo, mapas e conteúdo exclusivo para os dispositivos móveis. Aos interessados, o site oficial do jogo já permite um pré-registro.

Caso o pessoal da Respawn Entertainment consiga fazer um bom trabalho e manter essa versão com tantas novidades como o que pode ser visto no jogo para PC e consoles, acredito que sua versão mobile também poderá se tornar um grande sucesso. Se isso acontecer, a franquia poderá se tornar ainda mais importante para a EA e se hoje ela já é colocada ao lado de nomes como FIFA e The Lord of the Rings, imagine o que a marca poderá se tornar com a contribuição dos tablets e smartphones?

Enquanto isso, em 2042...

Mas se a EA tem motivos para comemorar quando se trata do Apex Legends, o mesmo não pode ser dito sobre aquele que deveria ter sido um dos maiores lançamento da empresa em 2021, o Battlefield 2042. Tendo sofrido com um início complicado e vendo o seu número de jogadores despencar (no Steam) de 51 mil para 2200 nos últimos 30 dias, a situação do jogo parece estar muito longe de ser resolvida.

Para piorar, ao citar no relatório os títulos que considera como ativos, ou seja, aqueles que continuam levando dinheiro aos seus cofres, a EA incluiu até o logo do Battlefield V, mas nada foi dito sobre o mais recente capítulo da franquia. Na verdade, o Battlefield 2042 só se tornou tema da apresentação quando investidores questionaram, cabendo ao CEO da empresa tentar tranquilizá-los, dizendo que o plano deles para o jogo é a longo prazo.

“Essa é uma das grandes franquias da nossa indústria, criada por uma das maiores equipes da nossa indústria,” afirmou Andrew Wilson. “E a nossa expectativa é de que ela continue crescendo e seja uma parte realmente importante do nosso portfólio por muitos e muitos anos.”

Crédito: Divulgação/EA

Para alcançar esse objetivo, a EA deixou nas mãos de Vince Zampella e Marcus Lehto a missão de “repensar o processo de desenvolvimento do zero.” Para Zampella, mais conhecido como um dos criadores da série Call of Duty, caberá cuidar de toda a franquia Battlefield. Quanto a Lehto, que foi o responsável pelo design do Master Chief e é um dos pais da série Halo, ele comandará um estúdio em Seattle que está envolvido em um projeto relacionado à série.

Já em relação ao Battlefield 2042, no momento a DICE está focada em lançar atualizações que tornem o jogo melhor, principalmente fazendo com que o seu “núcleo” passe a funcionar corretamente. Então, quando isso finalmente tiver acontecido, o estúdio se dedicará a levar o título além de onde ele está hoje.

Mesmo parecendo uma promessa um tanto vazia e difícil de ser cumprida, eu não descartaria totalmente um renascimento do Battlefield 2042. A indústria nos mostrou recentemente que é possível mudar a primeira má impressão deixada por um jogo e se a Electronic Arts tiver paciência e interesse em salvar o seu FPS, isso será plenamente possível. Porém, enquanto o Battlefield V continuar atraindo tantos jogadores, por quanto tempo a editora seguirá acreditando no seu sucessor?

Fonte: Videogamer e VG247

 

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