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Conseguirá o próximo BioShock surpreender seus fãs?

Com um novo BioShock tendo sido anunciado, muitos estão se perguntando se ele conseguirá ser tão surpreendente (e bom) quanto os anteriores.

4 anos atrás

Eu adoro a série BioShock. Para mim, o universo criado pela Irrational Games para a série está entre os mais fascinantes dos jogos eletrônicos e por isso fiquei muito feliz ao saber em dezembro passado que a 2K Games havia criado um estúdio — o Cloud Chamber — para cuidar da produção de um novo capítulo.

BioShock 2

O grande problema é que o projeto não contará com a participação de Ken Levine, a principal mente por trás do primeiro e do terceiro jogo da franquia. Por isso um dos maiores receios daqueles aguardam ansiosamente por um novo BioShock recai sobre a possibilidade do título não ousar sair de uma zona de conforto, algo pelo qual o BioShock 2 costuma ser criticado.

Eis que quase 10 anos após o lançamento da continuação que foi desenvolvida pela 2K Marin, o site TechRadar publicou uma excelente matéria tratando do legado deixado por aquele jogo, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. Entre os escolhidos para falar sobre a produção estava Jordan Thomas, profissional que atuou como diretor do título e que acabou trabalhando nos três jogos da franquia.

Segundo ele, um dos maiores problemas enfrentados pela equipe foi a interferência que sofreram por parte da editora, o que os obrigou a ter que manter um equilíbrio entre a direção criativa e as exigências comerciais. Isso somado a uma pequena equipe fez com que eles tivessem que deixar várias ideias de lado, como por exemplo explorar mais profundamente a personalidade da antagonista Sofia Lamb ou uma parte da história que colocaria uma Little Sister para descobrir o seu passado.

Mas sem a presença de Levine e com a 2K novamente supervisionando todo o desenvolvimento, conseguirá o próximo BioShock trazer novas ideias às pessoas que vem a acompanhando há tanto tempo? Pois esta também é a esperança de Thomas, que ao ser questionado sobre o futuro afirmou esperar “que [a equipe] se livre das correntes do passado, se sentindo o mais independente possível…” e que o jogo “nos leve a lugares que não esperamos, temática e fisicamente.

O fato é que chegar a tal objetivo não deverá ser uma tarefa fácil, já que tanto o primeiro quanto o terceiro jogo alcançaram um nível de qualidade muito alto. Porém, como o Cloud Chamber está sendo liderado por Kelley Gilmore, uma veterana com mais de duas décadas de experiência na Firaxis, e com a presença do diretor de arte do primeiro jogo, Scott Sinclair, fica a expectativa para que o projeto consiga se aproximar o máximo possível dos pontos altos da franquia.

Com o lançamento de tal jogo ainda estando há alguns anos de acontecer, demorará para sabermos se eles obtiveram sucesso neste sentido, mas acredito que se esse pessoal se basear nas seguintes palavras ditas por Thomas, a chance disso acontecer aumentará consideravelmente:

[O BioShock] continua sendo um jogo de tiro explosivo, mas ele pode ser seminal no sentido em que inspirou as pessoas a tentarem se esforçar mais e a excederem o que conseguimos fazer. E acredito que exista um papel para jogos assim. Você pode criticar profundamente os três jogos, mas penso eles pedem às pessoas: ‘ei, podemos fazer um pouco mais?’ Fico feliz por ver que a indústria se tornou um pouco mais interessada naquilo que os seus jogos estão dizendo.”

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