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Russos comprovam: esse gado que usa realidade virtual é mais feliz mesmo

Realidade virtual tem vários usos, um dos mais inusitados é aumentar a produção de gado leiteiro. Ao menos é o que uma pesquisa russa pretende comprovar

4 anos atrás

A realidade virtual tem vários usos, de treinamento de astronautas na NASA até videogames, tratamentos de fobias, a lista é imensa, mas algo que não é muito pensado é seu uso por outras espécies. Os russos (sempre eles) pensaram fora da caixa e obtiveram resultados... Com vacas.

O problema a ser resolvido é que vacas não são máquinas, e a produção de leite varia de espécie para espécie, de acordo com a época do ano e até de acordo com o indivíduo. Mais ainda, vacas felizes produzem mais leite do que vacas tristes ou estressadas, mas se manter uma vaca feliz fosse fácil touro não tinha chifre.

Se você está pensando em pastos idílicos, montanhas ao fundo, manadas correndo livres até aonde a vista alcança, esqueça. A maioria dos países não tem espaço para isso, Brasil e Austrália são exceção, as acomodações bovinas são bem menos confortáveis em boa parte da Europa.

Isso, claro, afeta a qualidade de vida das mimosas, e a produção de leite. Vários métodos são usados e tentados para alegrar as danadas, um dos mais comuns é tocar música clássica para elas, mas uma indústria de laticínios russa, a Rusmoloko está tentando algo diferente: Realidade Virtual.

Vaca em Realidade Virtual

O projeto está sendo desenvolvido em conjunto com o Ministério da Agricultura da Rússia, com engenheiros e veterinários desenvolvendo os óculos de realidade virtual em tamanho V. Muita coisa precisa ser ajustada, inclusive a tonalidade das imagens, pois os cientistas descobriram que as vacas são mais sensíveis à parte vermelha do espectro, o que é natural, afinal são vacas comunistas.

As imagens relaxantes podem ser especialmente benéficas durante o longo inverno russo, e os resultados preliminares são promissores, mas ainda é cedo para dizer se o projeto é bem-sucedido, há muito o que ser aprendido ainda.

As vacas ficam desorientadas? Podem desandar a correr e se machucar com os óculos? É possível adaptar o ambiente para criar obstáculos virtuais acompanhando o desenho da instalação real?

Qual o ganho de produtividade? Qual a vida-útil dos equipamentos? O ganho compensa o custo de implantação?

Quanto tempo dura a bateria? É possível passar o dia inteiro com uma única carga? Quais os custos de funcionários para recolher os óculos, recarregá-los e instalar de volta nas vacas no dia seguinte?

Se tudo der certo, complicará mais ainda a vida dos defensores de direitos dos animais, nós carnívoros (ou no caso, mamíferos) seremos acusados de criar uma distopia bovina, escravizando as vacas em um falso mundo virtual. Ao menos enquanto não surgiu a Vaca-Neo.

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