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Custando US$ 1.980, Galaxy Fold é o celular dobrável da Samsung

Após anos de promessas, Galaxy Fold chega com dois displays, sendo um dobrável de 7,3 polegadas, seis câmeras e preço que só os early adopters vão encarar

5 anos atrás

Foram anos de promessas, mas a Samsung finalmente introduziu nesta quarta-feira (20) o Galaxy Fold, o seu primeiro smartphone com tela dobrável, junto com os novos celulares da linha Galaxy S10. O gadget, que é um conceito mais do que qualquer outra coisa possui duas telas, seis câmeras e um valor sugerido adequado ao preço da inovação.

Samsung / Galaxy Fold (parte interna)

O Galaxy Fold é um celular que conta com tecnologias estado-da-arte da Samsung, fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento. Aberto, ele se apresenta como um tablet com uma tela de 7,3 polegadas, mas fechado, ele se torna um smartphone com um display de 4,6", posicionado do lado externo.

A tela interna utiliza novos materiais, que permitem que ela dobre e abra, torça e retorça sem demonstrar nenhum tipo de distorção. A dobradiça, segundo a fabricante é bastante resistente, e suporta até 200 mil movimentos de abre-e-fecha. Isso significa que se você abrir e fechar o Fold 100 vezes ao dia (o que é muita coisa), ela resistirá por cinco anos antes de pedir penico.

Por outro lado, o celular dobrável não é muito discreto. Aberto, ele possui cerca de 6,9 milímetros de espessura, o que é aceitável para um tablet de suas dimensões, mas ao ser fechado, ele acaba se tornando um tijolo de 17 mm.

Na parte das câmeras, temos seis delas. As três principais são as mesmas presentes no Galaxy S10 e S10+, com sensores de 16 megapixels, abertura f/2,2 Ultra Wide de 123 graus, 12 MP, abertura f/2,4 e zoom óptico de até 2x, e 12 MP com lente Grande Angular, e diafragma com abertura variável de f/1,5 ou f/2,4. Por dentro, as mesmas câmeras selfie de seus "primos" (8 MP, f/2,2 e sensor de sensor RGB de profundidade e 10 MP, f/1,9 e autofoco), e junto à tela externa, uma câmera selfie de 10 MP e f/2,2.

De resto, temos duas baterias, que funcionam como uma só de 4.380 mAh, com o mesmo recurso de recarga em dois sentidos da linha Galaxy S10, que permite recarregar por indução acessórios compatíveis com o padrão Qi, e um alto-falante duplo, cortesia da AKG e compatível com som Dolby Atmos. No controle de tudo, o Android 9 Pie com interface One UI.

Galaxy Fold — Ficha Técnica

Samsung / Galaxy Fold (parte externa, semiaberto)

  • Tela interna: D-AMOLED de 7,3 polegadas, com proporção 16:10 e resolução de 2.152 x 1.536 pixels (414 ppi);
  • Tela externa: Super AMOLED de 4,6 polegadas, com proporção 21:9 e resolução de 1.960 x 840 pixels (420 ppi);
  • Processador: Snapdragon 855, octa-core Kryo 485 de 7 nanômetros com um núcleo de 2,8 GHz, três de 2,4 GHz, quatro de 1,8 GHz e GPU Adreno 640;
  • Memória RAM: 12 GB;
  • Armazenamento: 512 GB UFS 3.0, não expansível;
  • Câmera principal: conjunto triplo, com:
    • 12 megapixels com abertura de diafragma variável, de f/1,5 e f/2,4, lente Grande Angular de 77 graus, autofoco com detecção de fase e estabilização óptica de imagem com Dual Pixel;
    • 12 megapixels com abertura f/2,4, estabilização óptica de imagem, autofoco e zoom óptico de 2x;
    • 16 megapixels com abertura f/2,2 e lente Ultra Wide (123 graus);
    • Flash LED e HDR;
  • Câmera selfie interna: conjunto duplo, com:
    • 10 megapixels com abertura f/1,9 e autofoco com detecção de fase Dual Pixel;
    • 8 megapixels com abertura f/2,2 e sensor de profundidade;
  • Câmera selfie externa: 10 megapixels com abertura f/2,2;
  • Extras: porta USB-C, leitor de digitais na lateral, alto-falante duplo AKG, com som Dolby Atmos;
  • Bateria: dupla, com capacidade total de 4.380 mAh, Power Share e carregamento rápido sem fio 2.0;
  • Sistema operacional: Android 9 Pie com interface One UI.

O Galaxy Fold possui alguns recursos interessantes. Um deles é o Multiactive Window, onde a tela principal é capaz de executar três apps ao mesmo tempo, dividindo a área em uma maior e duas menores.

O usuário pode reposicionar os apps como quiser, e há uma série de aplicativos já compatíveis, nativos da Samsung ou de terceiros.

Já o App Continuity permite que um app aberto na tela externa possa ser utilizado na interna ao abrir o dispositivo, do ponto onde o usuário parou, e vice-versa. Assim, não é preciso abrir o app mais uma vez, o sistema é inteligente o bastante para evitar que ele seja colocado em segundo plano, para sua maior comodidade.

Preços e disponibilidade

O Galaxy Fold chegará às lojas dos Estados Unidos e Europa a partir do dia 26 de abril, pelo salgado preço sugerido de US$ 1.980, e cabe aqui mais uma vez o que explicamos anteriormente: a Samsung investiu muito dinheiro, por anos a fio em uma tecnologia decente de tela que pudesse ser dobrada, e não apresentasse distorções como modelos de outros fabricantes.

Logo, este é mais um caso em que a tecnologia começa cara, mas não necessariamente permanecerá cara.

Se a onda dos displays dobráveis vingar, com aparelhos mais finos e igualmente potentes, poderemos ver celulares nos próximos anos semelhantes, com preços bem mais civilizados dos que o do Galaxy Fold. Já os early adopters, que adoram adquirir novas tecnologias pela necessidade de serem os primeiros, terão que se resignar a pagar o preço da inovação, como sempre.

Não há previsão de quando ou se o Galaxy Fold será lançado no Brasil, mas se o for, ele custará caro. Bem caro.

Com informações: Samsung.

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