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Samsung começa a produzir chips de 1TB de memória flash para celulares

5 anos atrás

Ninguém consegue determinar o momento exato, mas estamos vivendo um estranho momento no tempo onde nossos celulares são mais poderosos que os computadores, e a Samsung tem culpa nisso.

Houve um tempo, muito no passado, na Aurora do Homem quando celulares só vinham com um joguinho; todo mundo tinha a cobrinha no Nokia, a não ser que você fosse pobre e tivesse um Ericsson. Ou fosse rico, então faça o favor de enfiar esse StarTac aonde o Sol não brilha.

Nessa época a gente não media a capacidade do celular em bytes, nem mesmo os nerds que trabalhavam com informática. Um celular tinha como unidade o número de contatos que guardava na agenda, pois era tudo isso que ele fazia: Falar. Mensagens SMS vieram depois, e a um custo absurdo, era mais barato pagar um serviço de pager do que ficar trocando SMS, e o celular mesmo só pra uso sério, você pagava pelas ligações que fazia e pelas que recebia.

Com o tempo foram aparecendo aparelhos mais versáteis, rodando o maravilhoso (pra época) Symbian, como o meu saudoso Nokia 6600, com CPU rodando a incríveis 104MHz, câmera VGA que até filmava (no máximo 27 segundos), rodava aplicações de terceiros e vinha com imensos 6MB de armazenamento interno, complementado com um cartão MMC de 256MB que foi minha pior compra.

Como o acesso web nele era uma piada, a câmera uma piada de mau gosto e o fone proprietário da Nokia era um lixo, havia muito pouco o que fazer com o aparelho exceto rodar ICQ e eBooks. Sim, eu lia livros no 6600, me processe.

Assim os 6MB internos eram mais que suficientes e o cartão de 256MB não era usado pra quase nada.

Quando os smartphones "de verdade" tomaram o mundo, isso mudou de figura, passamos a ter dois modelos, o com armazenamento interno generoso sem opção de cartão, e o telefone mais barato mas expansível, mesmo com a perda de performance de um cartão de memória.

Hoje em dia a necessidade criada por celulares lotados de recursos fez com que muitos modelos apelassem para muita memória interna e suporte a cartões de memória de tamanhos gigantescos, 512GB acha-se em qualquer quitanda, 1TB? Procurando encontra-se.

Internamente os aparelhos vem até com 512GB de armazenamento, mas isso nem de longe é o bastante, com Netflix, iTunes e outros guardando filmes off-line e vídeos 4K 60fps. Em breve os maníacos tipo o Izzynobre vão ter mais espaço para lotar, graças a este bichinho aqui:

É um embedded Universal Flash Storage (eUFS) de 1TB, eles dobraram a capacidade dos chips anteriores de 512GB, mantendo as mesmas dimensões, 11.5mm x 13.0mm. Isso facilita a vida dos engenheiros que projetarão os novos aparelhos topo de linha que a gente só vai ver de longe, claro.

Os novos chips são 38% mais rápidos que os chips de 512GB, conseguindo uma velocidade de transferência de 1000MB/s, mais rápido que SSDs convencionais em 10x mais rápidos que um MicroSD, permitindo que arquivos gigantescos sejam copiados em segundos para o PC onde sua obra-prima em 4K será editada.

Diz a Samsung que o chip consegue gravar 960 frames por segundo, mas não especificaram a resolução. Eu imagino que não seja em 4K, e sendo honesto acho que também não é FullHD.

E como press release não paga contas, a Samsung vai agilizar a produção do chip em escala industrial já no começo de 2019, na fábrica em Pyeongtaek, esta aqui:

Quanto custará? Ninguém fala em valores, e vai depender de quantos sobrarem depois que o Tim Cook fizer a encomenda dele.

Fonte: Samsung

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