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Uma impressora 3D como você nunca viu

5 anos atrás

A tenologia das impressoras 3D está melhorando em qualidade, mas são avanços incrementais. Desta vez ocorreu algo novo: uma nova tecnologia foi criada, inspirada em Jornada nas Estrelas.

A rigor este artigo nem iria sair, à primeira vista era só mais uma notícia mais do mesmo sobre impressoras 3D, como elas vão mudar o mundo e chegarão 6 meses após o ano do linux no desktop ou o ano do podcast, o que acontecer primeiro, mas há algo diferente aqui: o processo.

Impressão 3D

Existem dezenas de subcategorias de manufatura aditiva, o nome não-marketeável de impressão 3D. Podemos dividir basicamente em dois grupos:

No primeiro filamentos são derretidos por uma cabeça de impressão, que desenha o objeto, camada a camada. Temos 90% das impressoras vendidas em kits assim.

No segundo tipo lasers são usados para desenhar as camadas do objeto em uma superfície de resina fotossensível. A resina é solidificada pela ação do laser, a bandeja afunda uma fração de milímetro, o laser desenha outra camada. Essa técnica também é usada com compostos metálicos em pó.

A tecnologia, criada por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é completamente diferente. Eles criaram o "replicador", batizado em referência aos sintetizadores de matéria em Star Trek, usando como base a tomografia.

Nesse tipo de exame raios-x (ou rádio, no caso da ressonância magnética) são usados para fatiar o corpo do paciente. Um computador então reconstrói a imagem , permitindo que o médico visualize órgãos isolados em 3D:

Os pesquisadores pensaram: "que tal fazer o contrário, usar os dados 3D de um objeto fatiado e produzir uma cópia?"

Eles criaram então um projetor alimentado com imagens de fatias de um objeto. Essas fatias são projetadas em um recipiente rotativo contendo uma resina fotossensível. O objeto então é formado não em camadas, mas em fatias. Visualmente ele aparenta estar sendo sintetizado todo de uma vez.

E o melhor, o processo todo para produzir uma estatueta leva... dois minutos.

É ÓBVIO que não é uma tecnologia pronta e acabada, é apenas uma prova de conceito, algo construído para descobrir se era possível construir algo assim. Pode ser que o processo simplesmente não saia disso, pode ser que dadas as propriedades refrativas da resina e do vidro, seja impossível obter resolução muito maior, mas não importa, não nesta fase.

O importante é que demonstraram que mesmo em áreas com linhas tecnológicas bem definidas, é possível pensar fora da caixa e criar algo novo. De resto, já fico feliz de poder publicar o primeiro vídeo da história das impressoras 3D que não é em timelapse.

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