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Como a Microsoft poderá tornar a InXile um estúdio melhor

CEO da inXile desista da aposentadoria e mostra toda a sua empolgação com a venda do estúdio para a Microsoft.

5 anos atrás

Quando no final de 2017 Phil Spencer disse que a Microsoft estava dedicada a trazer mais exclusivos para o seu console, eu sinceramente não poderia imaginar que eles iriam investir tão pesado na aquisição de novos estúdios. Só na E3 foi anunciada a compra de quatro desenvolvedoras e a criação de outra, mas eles queriam mais e há alguns dias ficamos sabendo que a Obsidian Entertainment e a inXile Entertainment também passariam a ser controladas pela Gigante de Redmond.

Conhecidos pelos RPGs que criaram ao longo dos anos, esses estúdios certamente serão ótimas adições ao portfólio da Microsoft, mas como sempre acontece nesse tipo de caso, os fãs ficaram muito preocupados com o negócio. Será que a nova proprietária influenciará negativamente as novas produções? Será que empresas tão adoradas conseguirão manter suas liberdades criativas da época de independência?

Pois uma coisa na qual quase nunca pensamos é na dificuldade que um estúdio indie encara para fechar as contas e ao conceder uma entrevista ao site Eurogamer, Brian Fargo explicou como ter uma reserva quase infinita de dinheiro e mais tempo de desenvolvimento poderá ajudar muito a sua equipe.

Dizendo que o tempo é a coisa mais preciosa para um desenvolvedor, o CEO da inXile garantiu que a venda para a Microsoft lhes permitirá fazer polimentos em futuros projetos que antes não eram possíveis. Ele chegou até a afirmar que desde que fundou a Interplay, lá em 1983, essa será a primeira vez em que poderá se dedicar plenamente ao desenvolvimento, algo que nem consigo imaginar o quanto deve estar sendo satisfatório para ele.

Além disso, Fargo revelou que hoje a inXile conta com 70 pessoas na equipe e explicou como essa nova etapa do estúdio lhes permitirá se encaixar melhor no mercado de jogos que estão os de médio e grande porte, os popularmente conhecidos como AAA.

É interessante se você pensar sobre 2012, quando a revolução do financiamento coletivo aconteceu. Os orçamentos na época eram de US$ 5 milhões, US$ 6 milhões, então você levantava US$ 3 milhões no Kickstarter, talvez mais alguns milhões no Early Access, jogava mais um pouco do seu próprio dinheiro e estava bem perto de ter os custos cobertos. Mas desde então a categoria do que todos nós consideramos como AA subiu de US$ 15 milhões para US$ 20 milhões neste curto período de tempo. O cenário mudou muito desde então.

Por fim, o executivo tratou de garantir que a inXile manterá a liberdade criativa de antes e que não existe planos para eles se unirem a Obsidian, apesar de ambas criarem jogos no mesmo estilo e terem um relacionamento bem próximo. Ele também descartou a possibilidade de se aposentar após a conclusão do Wasteland 3, algo que havia mencionado em outra entrevista.

Agora é só esperar alguns meses (anos?) para saber se tudo isso acontecerá na prática, pois o temor é justificável e a única coisa que todos nós queremos, é ver tanto a Obsidian quanto a inXile saírem fortalecidas deste processo.

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