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Não, não contrate um professor de Fortnite para os seus filhos

Jornal publica matéria falando sobre pais que contratam pessoas para ensinarem seus filhos a jogar Fortnite e mostra como os tempos mudaram quando se trata de videogames.

6 anos atrás

De antemão, quero pedir desculpas pela minha nostalgia exacerbada, mas a verdade é que gosto de acreditar que quem viveu as décadas de 89 e 90 teve a oportunidade de conhecer a era de ouro dos videogames.

Sofrer para conseguir encontrar aquele sucesso na locadora; sentir vontade (e algumas vezes sucumbir à ela) de jogar o controle na parede por não conseguir avançar no Battletoads ou no Ninja Gaiden; ter um caderno com o nome dos jogos que terminamos; trocar cartuchos com amigos do colégio e tê-los ao nosso lado durante um multiplayer; poder se vangloriar de ter chegado ao fim do Contra — e tendo o feito registrado numa fita VHS para provar; anotar passwords num bloquinho; e é claro, formar parte do seu caráter frequentando os mais tenebrosos fliperamas.

Imagem pré-histórica encontrada na parede de uma caverna, em algum lugar do Brasil. Autor desconhecido.

Tudo isso é apenas uma parte do que tivemos que encarar naquela época, mas para o bem ou para o mal, os tempos mudaram. Como mudaram! Hoje temos inúmeros vídeos no Youtube para sabermos como resolver aquele quebra-cabeça; jogos podem ser adquiridos apenas ao apertarmos alguns botões e os saves e indicativos de para onde ir num game estão espalhados por todo o canto. Mas não é só isso: com vocês, os pais que pagam para pessoas ensinarem seus filhos a jogar Fortnite.

De acordo com um artigo publicado no The Wall Street Journal, a vontade de algumas crianças se tornarem bons jogadores de Fortnite Battle Royale é tão grande, que professores/técnicos estariam sendo contratados para dar algumas aulas à molecada. Com valores que variam entre US$ 10 e US$ 20/hora, os profissionais costumam ser encontrados em redes sociais ou até em sites específicos.

Existe pressão não apenas para jogar, mas para ser realmente bom no jogo,” afirmou Ally Hicks, que comprou quatro aulas para o seu filho de 10 anos. “Você pode imaginar como tem sido para ele na escola.

Porém, não é apenas para os pequenos que essas pessoas tem contratado professores. No caso de Paul Rakovich, do Colorado e Dale Federighi, da Califórnia, o objetivo era se tornar jogadores melhores, para assim conseguirem se divertir quando disputam partidas com os seus filhos.

Contando com mais de 125 milhões de jogadores, é natural que algumas pessoas estejam encontrando no Fortnite Battle Royale uma forma de ganhar dinheiro e olha que nem estou falando dos jogadores profissionais que participam de competições ou daqueles que lucram com transmissões pelo Twitch e Youtube.

O engraçado é que por mais maluca que possa ser a ideia de pagar para ter aulas em um game, isso ainda parece muito pouco perto daqueles que contratam jogadores para evoluir seus personagens ou ainda os que achavam uma boa gastar uma grana para uma garota ser sua companheira de jogatina.

Definitivamente, os tempos mudaram. Como mudaram!

Fonte: PCGamesN.

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