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Xbox Game Pass completa um ano (e devíamos comemorar)

Um ano após o lançamento do Xbox Game Pass, programa ganhou corpo e por estar permitindo que um número bem maior de pessoas tenha acesso a mais jogos, todos deviam comemorar a sua existência.

6 anos atrás

Há cerca de 10 anos eu decidi que passaria a colecionar videogames. Na época a minha ideia era adquirir a maior quantidade possível de jogos e consoles, sem nunca me desfazer deles e embora eu tenha conseguido juntar alguma coisa durante esse período, muitas mudanças ocorreram na indústria desde então. E por isso, hoje já não tenho mais a vontade de antigamente.

A distribuição digital somada ao alto custo Brasil foi muito importante para me fazer quase desistir de comprar jogos fisicamente e recentemente teve outro evento que reforçou esse desinteresse: o Xbox Game Pass. Na semana passada o programa de locação de games da Microsoft — se é que podemos chamar assim — completou um ano de vida e assim como a Gigante de Redmond fez no seu site, acho que também devíamos comemorar a sua existência.

Nascido como uma bela alternativa para os períodos entre grandes lançamentos exclusivos, o serviço já de cara nos oferecia cerca de 100 títulos mediante o pagamento de uma mensalidade de US$ 10 (R$ 29 quando apareceu por aqui). Repleto de indies e jogos mais antigos, a lista podia não agradar a todos, mas sem dúvida era uma oferta bem interessante, especialmente para quem estava entrando para o mundo do Xbox One ou não tinha muitos títulos em sua coleção.

Outra vantagem era que o programa oferecia bons descontos para quem preferisse adquirir os jogos que estavam disponíveis nele, mas a Microsoft ainda podia torná-lo melhor e isso aconteceu em janeiro deste ano. De forma bastante surpreendente, a empresa anunciou que todos os títulos desenvolvidos internamente chegariam ao Xbox Game Pass já no dia do lançamento e assim, todos que fossem assinantes não precisariam pagar os US$ 60 habitualmente cobrados por um jogo.

Desde então, Sea of Thieves e State of Decay 2 deram as caras no serviços, com a promessa de que gigantes como os futuros Halo, Gears of War e Forza Motorsport também serão oferecidos desta maneira e na minha opinião, isso transforma o sistema de assinatura em uma das melhores coisas que apareceram nos games nos últimos anos.

Estamos falando de uma forma de levar jogos — grandes e pequenos, é importante reforçar — a um número muito maior de pessoas, já que por um valor relativamente baixo o assinante terá acesso a uma boa quantidade de títulos e com outros sempre sendo adicionados ao catálogo. Há alguns dias por exemplo quatro jogos da franquia Star Wars foram disponibilizados aos assinantes, incluindo o espetacular Star Wars: Knights of the Old Republic.

Além disso, de acordo com a Microsoft o serviço tem permitido que muitos jogos mais antigos voltem a ser aproveitados e que novas comunidades se formem em torno deles. O mesmo vale para os indies, já que se não fosse pela sua presença no Xbox Game Pass, não há dúvidas de que muitas pessoas não dariam a menor chance a diversos desses títulos de menor porte e que eventualmente acabam lhes conquistando.

Outro fenômeno que esse sistema de assinatura tem gerado é em relação a adesão de jogadores. Se antes a Microsoft fazia questão de apontar o número de vendas de um jogo, desde o lançamento do Sea of Thieves eles tem preferido dizer quantas pessoas tem jogado um lançamento, o que devido a mudança no modelo de negócio, acredito fazer sentido.

A preocupação por enquanto é sobre o risco desse sistema não conseguir se sustentar por muito tempo. Se considerarmos o quão baixo é o valor desta assinatura, a sensação é de que as empresas que estão oferecendo seus jogos desta maneira só conseguirão lucrar caso o número de assinantes seja imenso e por isso há o temor de que o Xbox Game Pass não terá uma vida muito longa.

Esse sentimento ganha ainda mais força quando pensamos nos lançamentos que continuarão entrando para o catálogo e convenhamos, deixar de oferecê-los aos assinantes seria terrível para a imagem do programa. Porém, como isso ainda não aconteceu, acho que não faz muito sentido ficarmos conjecturando, com o melhor a fazer sendo aproveitar o sistema e parabenizar a Microsoft por ter tornado os games muito mais acessíveis. Mesmo ainda preferindo ser o dono dos meus jogos, gostaria muito que uma opção como esta fosse oferecida por mais companhias.

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