Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Vocè já notou que seu smartphone já com alguns meses ou mais de um ano de estrada, independente da plataforma já não segura uma carga de energia com a mesma eficiência de quando foi tirado da caixa pela primeira vez. Claro que há o desgaste natural, aplicativos cada vez mais famintos por recursos e atualizações mal otimizadas (Android 5.0 e 6.0) que não conseguem gerenciar o consumo de forma satisfatória.
Só que não se enganem, boa parte da culpa também é nossa: nós simplesmente carregamos nossos gadgets da maneira errada.
A maior parte dos usuários acredita que deixar para carregar seu smartphone quando a carga está quase no fim, indo de quase 0 a 100% é a melhor alternativa e que fazer visitas regulares à tomada seria o cenário mais nocivo, comprometendo a vida útil do componente, mas isso não é verdade. A bem da verdade o cenário mais perigoso para as baterias é deixar seu smartphone ou tablet plugado durante a noite, quando a carga atinge 100% e assim permanece por muito tempo.
Especialistas da Battery University, uma frente da Cadex Technologies para conscientização de uso e compartilhamento de novas tecnologias envolvendo energia revelam que expor seu gadget a longos períodos de carregamento seria o mesmo que você permanecer horas e horas fazendo exercícios e puxando ferro na academia, além dos limites de seu próprio corpo. Em algum momento seus músculos vão gritar “chega!” e pedir por momentos de descanso, necessários para que relaxem e os resultados apareçam. Forçar além da barra resulta em estresse desnecessário e a longo prazo, danos severos.
Com a bateria é a mesma coisa. Uma vez que a carga atinge 100%, se ele permanecer conectado o sistema permanecerá em um estado de alto estresse, com o smartphone descarregando e carregando constantemente para que permaneça sempre com a carga cheia, porque a energia saída da tomada precisa ir para algum lugar.
A Battery University inclusive deixa um recado importante a todos: não carreguem seus gadgets a 100% a menos que seja estritamente necessário. Quanto maior a carga, maior o estresse ao qual a bateria é submetido, mais rápido é o desgaste e menos tempo seu smartphone sustentará uma carga. Pode parecer contraprodutivo, mas a melhor alternativa é carregar seu dispositivo em intervalos alternados, mesmo que várias vezes e desconectá-lo uma vez que a dose de energia pare em 80%, ou algo próximo disso. Exceda esse número apenas em último caso.
A Battery University informa que carregar o smartphone quando ele perde 10% de sua carga seria o melhor cenário, pois evitaria a exposição a estresse desnecessário. Claro que isso não é nada prático mas tenham em mente que ao mesmo tempo que deixar para carregá-lo uma vez que a bateria alcance 1% é tão nocivo quanto ir dormir e esquecer seu smartphone na tomada, ou deixá-lo conectado o dia inteiro.
E igualmente importante: baterias são sensíveis ao calor. Seu dispositivo foi projetado de forma a funcionar perfeitamente sem um componente que todo mundo usa, o case. Carregar o smartphone sem ele é a melhor alternativa, pois evita que a capa aqueça demais o dispositivo e prejudique não só a vida útil da bateria, como também outros componentes sensíveis.
No mais vale o bom senso, principalmente para donos de aparelhos com baterias embutidas: não force seu gadget além da conta. Evite deixá-lo conectado o dia inteiro ou noite adentro, não permita que a carga se esgote a níveis críticos e quando for carregar, tire a capa. Mesmo que isso signifique visitas regulares à tomada ou ao Powerbank, é melhor do que sua bateria deteriorar antes do tempo.
Fonte: Battery University.