Carlos Cardoso 11 anos atrás
Essa belezinha da foto (ok, a belezinha da foto é uma das japinhas coreanas da Samsung, mas a outra) é o Samsung Notebook Series 5 Ultra. Custa US$1.300,00, tem opção de 14 ou 13 polegadas, 14,9mm de espessura, 8GiB de RAM, 1TB de HD ou 128GB de SSD. HDMI, Ethernet e uma Radeon HD 7550M.
Com 13 polegadas de tela fica entre um netbook grande e um notebook pequeno. Só que nem a Samsung nem nenhum fabricante quer correr o risco de ter seu produto chamado de Netbook, já que eles são pateticamente lentos e inadequados como computador principal.
Existem duas saídas. Três, se você contar não produzir computadores que possam ser confundidos com netbooks.
A primeira saída foi a escolhida pela Apple: Reutilizou o nome Macbook Air, lançou um computador de 11 polegadas com hardware muito melhor que qualquer netbook, extremamente fino e usou todo o peso da marca. Afinal NINGUÉM compra notebooks da Apple, todos compram Macbooks.
“Notebook fininho” não é um nome que venda. A Apple dificilmente licenciaria o nome “Macbook Air”, então a saída é criar uma nova categoria, da mesma forma que “laptop” foi aposentado para dar lugar a “notebook”.
A Intel, que não é boba nem nada investiu em uma certificação, registrou o nome “Ultrabook” e definiu características BEM interessantes. Um Ultrabook deve ter:
Não são notebooks topo de linha mas dão banho em qualquer netbook, e são competitivos em relação ao Macbook Air, que tirando as paixões envolvidas se torna apenas mais um Ultrabook, em uma rara reversão da indústria.
O modelo com a japinha da foto por exemplo retorna de hibernação em menos de 2s, com o Windows 7. Isso é algo a se respeitar.
A Intel estima que, em 2012, 40% do mercado de portáteis será de Ultrabooks. OK, tem todo o atenuante de que ela é dona da marca, mas Acer, Samsung, HP, Toshiba, LG, Asus e Lenovo já estão vendendo seus ultrabooks, o Mercado já mostrou que quer SIM um notebook fininho, potente e que não seja um netbook.
Mas mas mas e a Apple?
Nesse caso ela ficará chupando o dedo. A experiência de uso do iPad era radicalmente superior a tudo (ou seja, nada) que existia na época de seu lançamento. Já o Macbook Air, por mais que seja excelente está longe de ficar em uma categoria à parte; Se comparado com aqueles netbooks chumbrega rodando Linux ainda vá-lá. Com o XP, idem, mas comparado com um notebook decente rodando Windows 7, dá para ser tão feliz quanto no OSX.
O grande mérito da Apple foi salvar o mercado de Netbooks matando-o, ao mostrar que o público está disposto a pagar mais por portabilidade SEM perda de performance.
Veja por exemplo esta lindeza, o Asus Zenbook UX31:
Não fica nada a dever a qualquer Macbook Air.
O segredo, descoberto pela Intel é não trabalhar com um menor denominador comum que permita criação de lixo. Ao determinar exigências draconianas para os Ultrabooks ela garantiu que o nome (que por si só é ótimo) não vá ser depreciado por qualquer xing ling da vida.
É simples, basta agora aplicarem a celulares.
Fonte: ATD.