Meio Bit » Arquivo » Hardware » É caro ficar pra trás

É caro ficar pra trás

Dúvida cruel: devo comprar 8 GB em módulos de memória DDR2 a R$ 250 ou partir para um upgrade total, podendo comprar 8 GB do tipo DDR3 a R$ 75?

13 anos atrás

pcdocc Depois de muito tempo vencendo a preguiça decidi começar a me planejar para entrar no maravilhoso mundo dos 64 bits (no Windows, no Mac já estou faz tempo).

Pesquisando descobri que a Microsoft preparou o Windows 7 x64 para ser instalado como atualização até do XP, mas NÃO de uma versão Windows 7 x32.

OK, faz parte, vamos reinstalar o Windows, mas antes, planejar o Upgrade. Meu desktop está com 4 GB de RAM, 3,5 gigabytes usáveis pelo Windows. Migrar para uma arquitetura 64 bits com 4 GB não faz sentido, se é para fazer vamos fazer direito. Pelo menos 8 GB, certo?

Pesquisando no Boadica, descobri horrorizado que memória não é mais caro. Um pente (é, pente. Morra, Max!) DDR3 1333 PC3-10666 de 4 GB custa R$ 37,50. Isso tá R$ 9,37 por gigabyte, ou R$ 0,0091 por megabyte.

Meu primeiro 386 tinha 4 MB, comprados a US$ 50,00/MB. Por R$ 37,50 eu compro uma quantidade de memória que em minha adolescência custaria US$ 204 mil.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas eis que minha placa-mãe vagaba só aceita DDR2 (não, não rodo Crysis). OK, não é memória EDO ou outra coisa realmente arcaica, essas coisas têm vida longa, o próprio 386 foi fabricado de 1985 até 2007. A DDR2 começou a ficar competitiva em 2004, então a DDR2-800MHz da minha placa-mãe deve ser achada facilmente, certo?

Errado. O módulo de 4 GB de DDR2-800 começa a R$ 123,98.

Mais de três vezes mais caro que a DDR3, mais rápida e mais cheirosa.

O grande argumento a favor dos desktops, na briga com notebooks é a facilidade de atualização, mas se o custo deixa de ser decrescente e muito rapidamente se inverte, o desktop perde razão de ser usado. É preferível um notebook, que terá os mesmos custos mas ganhará em portabilidade, consumo de energia e confiabilidade.

A impressão é que os fabricantes querem nos forçar a trocar de computador de dois em dois anos, tornando os upgrades pouco atraentes. Isso pode até funcionar para quem compra desktops prontos, mas quem constrói os próprios PCs sabe o stress que isso gera. O Windows ODEIA esse tipo de upgrade radical, troque placa-mãe e processador e o chilique pós-boot é épico, o coitado do sistema operacional quase precisa de terapia.

japinhasamsungAgora estou no dilema. Compro 8 GB da DDR2 a R$ 247,98 e fico mais uns meses sem upgrade ou compro 8 GB da DDR3 a R$ 75,00 e uma placa-mãe de R$ 172,50 e parto pra um upgrade mais radical?

Motivo da dúvida? Simples: virtualmente todas as placas-mãe nessa faixa de preço se limitam a 8 GB de RAM. Outro dia, outra limitação. Ainda mais sabendo que a Samsung anunciou um módulo DDR3 de 32 GB.

Agora imagine o problema multiplicado por um parque de milhares de PCs. É por isso que as grandes empresas compram máquinas com contrato de upgrade, e as pequenas inteligentes compram peças de reposição e estocam. Por mais que não seja o fim do mundo, ver um upgrade saltar de R$ 75,00 para R$ 247,98 é desagradável.

Leia mais sobre: , , .

relacionados


Comentários