Carlos Cardoso 12 anos atrás
Claro, para Jen-Hsun Huang são tablets Tegra 2, estragados por uma versão bugada de sistema operacional e uma oferta quase inexistente de aplicativos, e não deixa de ter razão. Enquanto o Google tentava fazer hype em cima do Honeycomb e Steve Jobs dizia em uma apresentação que os tablets Android tinham apenas 100 aplicações, na realidade eram apenas 16.
O preço é algo fundamental também, para Hsun. Segundo ele deveriam focar em tablets baratos, sem 3G, e não em competidores diretos na mesma faixa de preço do iPad.
O problema é que ninguém fora o Rubens quer ser segundo, todo mundo quer seu "iPad killer", forçam as equipes de desenvolvimento a cumprir prazos irreais e, pior, forçam suas mentalidades corporativas nos produtos, sem entender que é justamente isso que o consumidor não quer.
O consumidor está se lixando se o produto é "iPad Killer", ele quer algo que funcione e atenda suas necessidades, não uma coleção de recursos colada com cuspe feita para parecer um iPad mas que tem que ir pra assistência pra instalar o 4G, como o Xoom, ou para poder dar boot, como o PlayBook.
Como um CEO dizer que toda a linha de tablets que roda seus chipsets está CONDENADA não é bom para os negócios ele terminou a apresentação com um tom positivo, dizendo que a nova geração de tablets Android resolveu os problemas, são excelentes e rodarão maravilhosamente o Android 3.1.
Para ele é normal esse tipo de ajuste, que a primeira geração de tablets Android falhou por ser a primeira geração.
Eu acho que a primeira geração falhou justamente por COGITAREM a possibilidade de seguir a postura “tudo bem, a gente conserta na próxima versão”. É algo que sob uma Jobsocracia é punido com morte instantânea. A Apple erra, mas nunca por indolência.
Quer entender o (triste) estado dos tablets não-ipads? Veja o comparativo Xoom vs iPad2 feito pelo nosso honrado co-irmão Gizmodo BR: